Não há gota, só oceano.
O erro foi a gota "se achar".
Somos gotas.


Agradeço a quem eu sou simplesmente, por jamais ter me rendido totalmente
a quem eu pudesse pensar que fosse.

Quem não fala em proveito próprio não tem medo de desagradar.
Mostrar, com simplicidade e clareza, é apenas mostrar e é preciso.
Quem não quer ver se incomoda, quem quer ver reconhece.

A LUZ CUIDA DE TUDO!




671. Reflexão sobre os Vedas.











Para quê refletir sobre os ensinamentos dos Vedas? Quer dizer que os nativos do mundo todo viveram naturalmente centenas de milhares de anos nas florestas, desertos, campos e montanhas privados de auto-realização? Só depois dos Vedas que a realidade do simples ser tornou-se infinita? Por outro lado, a última coisa que se deve fazer com qualquer escritura é meramente refletir sobre seus ensinamentos. Isso é
 um jogo mental, criador de fantasias de valorização de ego, que só afasta o indivíduo cada vez mais da realidade infinita do simples ser.
Antes dos Vedas serem escritos, em que refletiram seus autores?

As escrituras inventaram a reflexão, antes delas só havia realização. O intelecto sufocou o ser.
Nada a ver!
Entre os animais, e até entre as plantas e pedras, há também realização, e eles (por sorte) não têm uma mente complexa como a estúpida e mesquinha mente humana. 

O que faz um basalto ser negro e opaco e um cristal reluzir em sua transparência? Isso é consciência. Senão seria tudo uma massa informe e única.
Consciência não tem nada a ver com o que a mente humana concebe como consciência, é algo que ela absolutamente desconhece. E não vai descobri-la em livros e cogitando em torno da mentira de si mesma, mas na fonte íntima, silenciosa, de si mesma.
Antes de cada um se achar vivendo aqui e não sabendo de nada, não havia Vedas. Tudo que existe é mental, é hipnose. E esse é o perigo, que faz o cão correr atrás do próprio rabo dentro de uma eternidade que ele faz e mantém em sua própria mente sempre agora, quando deixa o simples ser - o coração do eu - e sai para o campo infinito das possibilidades de loucura da mente.
Sri Ramakrishna, um dos maiores santos da história da Índia, era analfabeto, nunca leu escritura alguma, se realizou por si mesmo na adolescência, à revelia de si mesmo, e dava show nos pandits (eruditos especialistas nos Vedas) com as palavras mais simples e despojadas do mundo.
Ramana Maharishi, o maior de todos os sábios da Índia, não praticava religião alguma nem conhecia as escrituras até se realizar espontaneamente, deitado sozinho no chão da varanda de sua casa aos também na adolescência. Ele nem sabia o que estava acontecendo com ele, apenas se sentia como o único ser real do universo, que de absolutamente nada necessitava. Anos depois, lendo os Vedas, é que viu: Ah... o que acontece comigo, isso que Eu Sou, é o que eles buscam nos livros!
Não é o livro que traz a Luz, mas a Luz que traz o livro. E a Luz é o mesmo e único eu intrínseco, no Coração de cada um.
O que você é não está em livro algum, é você, seu simples ser, sem limites, antes de você se restringir a uma determinada individualidade e se achar alguém.
Um jato da Luz no seu coração!!!!



Nenhum comentário:

Postar um comentário