Não há gota, só oceano.
O erro foi a gota "se achar".
Somos gotas.


Agradeço a quem eu sou simplesmente, por jamais ter me rendido totalmente
a quem eu pudesse pensar que fosse.

Quem não fala em proveito próprio não tem medo de desagradar.
Mostrar, com simplicidade e clareza, é apenas mostrar e é preciso.
Quem não quer ver se incomoda, quem quer ver reconhece.

A LUZ CUIDA DE TUDO!




241. Vida após a morte.



Para se saber se há vida após a morte é preciso primeiro saber o que é a vida. Ela faz seu coração bater, sem precisar de você, mas não é o coração batendo.
A vida não se restringe a um mero corpo andando e pensando que isso é tudo que existe. Ela é o que move e não o movido. E só o que é movido se deteriora, o que move é além de tudo.
Sinta que você não é o movido e vai saber se é capaz de morrer.
Supostos espíritos andando num suposto plano astral também são movimentos de idéias no plano da mente pessoal. Isso não tem nada a ver com a vida, mas sim com idéia de morte.
A vida não é idéia, é vida, toda, plena e sem limites, além de qualquer pensamento, qualquer ideia que se possa fazer.
Pare um pouco, respire, deixe fluir a paz original do coração do eu; deixe o entendimento de lado.
Sinta que aí começa a vida, eterna, sem limites, aquém e além do agora.
A Luz no seu coração, sempre!!!!

Riva

240. Valorizando a luz interior.



Portanto, "estejai em paz" e "deixai os mortos enterrarem seus mortos".
Trabalho, responsabilidade e obrigação, sem consciência de si mesmo, é morte.
O que acontece é que fazemos uma idéia de que não sobrevivemos se não nos escravizarmos, porém, dizia o mestre: "Olhai os lírios do campo e as aves no céu".
Não precisamos fugir das nossas obrigações, mas também não há necessidade de nos enterrarmos estritamente nelas.
A importância do que os outros acham de nós é alimentada pela idéia desimportante que fazemos de nós mesmos. Um complexo de inferioridade congênito nos faz submissos. Raros não têm isso.
Quem não acredita em sua luz interior acaba acreditando apenas na luz dos outros.
Quem não tem noção da realidade infinita de si mesmo acaba tendo convicção da superioridade alheia.
Quem disse que Deus está menos em você?

Riva

239. Deixe de lado.



Vamos deixar o que achamos que somos de lado.
A gente "se acha" demais.
Essa é a única diferença entre o homem e Deus; o homem "se acha", Deus não.
Deus é.
Deus é o eu.
Vá devagar com suas presunções de qualquer coisa, seja muita ou pouca coisa, senão o que você é jamais vai aparecer, impedido pelo que você "se acha".
Para Deus, você é ele.
Quem faz a diferença entre Deus e você, é só você mesmo.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

238. Conversando com um amigo.

"Veja o tamanho da terra no universo e pense bem se há alguma possibilidade de isso aqui existir realmente".



Isso que disse é profundo, Riva, e ao mesmo tempo, tão simples. Porque há tanto descompasso no mundo das pessoas? Que cegueira toda é essa que permeia a multidão? Onde se esconde o elo perdido? Onde reencontrar a luz camuflada que nos envolve hoje em dia em tempos de desespero, de baixa estima e confiança beirando à poeira, no chão caída? Onde achar resposta praquilo que nao tem resposta? Só nos falta mesmo a resignação e a aceitação? Somente? Nada a se fazer não, meu amigo? Nada? "Anch'io cerchavo di essere piu felice e pieno di risposte. Peró".

Veja bem o exemplo simples e claro que tivemos agora. O outro amigo falou que era dia de sopa e você logo pediu a colher. É assim que funciona a loucura. Um perdido de si inventa algo, lança uma idéia qualquer e outros entram automaticamente na dele.
Não há compasso nem descompasso. Você não deixa de ser você, independente do ambiente à sua volta. Com quanto mais clareza, despojamento e simplicidade conseguir ver a si mesmo menos será afetado por isso que todos pensam ser o mundo. Veja o tamanho da terra no universo e pense bem se há alguma possibilidade de isso aqui existir realmente.
Que elo perdido é esse? Essa é outra balela que lançaram e você acredita que tem que achá-la, mas você jamais deixa de ser simplesmente você, com elo ou sem elo. Às favas com o elo e com quem inventou essa mentira interessante a título de descobrimento de alguma coisa.

Eu falo da Luz "alegoricamente", mas o que interessa é paz, antes de mais nada. O primeiro sintoma que você está voltando à luminosidade original do seu ser real é a paz - ausência de dúvidas e inquietações - no coração. Sem paz nada de bom acontece efetivamente na vida de ninguém e ninguém consegue discordar disso.
A luz é uma idéia que uso para ajudar a dissolver a idéia absurda de um Deus pessoal que as religiões põem na cabeça das pessoas. E em cima da idéia desse Deus pessoal só se tem cometido abusos, corrupções e crimes de todo tipo ao longo da história.
De qualquer forma o Deus que buscam é mais luz que pessoa. É o que chamo de "a sua Luz interior". Mas esqueça também essa idéia de luz se você não a sente e nem a vê. Vá pela paz, porque só ela te dará lucidez e clareza mental suficientes para começar a se desvencilhar da hipnose em que o envolveram totalmente.

Baixa auto-estima é outra modinha idiota. Se você nem sabe, afinal de contas, quem é você, a quem irá estimar? É claro que estimará a idéia pessoal que faz de si, ou seja, o seu ego. E para isso terá que comprar tal roupa, tal perfume, tal comida, tal bebida, tal droga e cultivar tal estilo de vida sempre estabelecido pelo sistema que lançou essa imbecilidade como nova moda de consumo psicológico.
Não há que se resignar nem aceitar nada. Nem deve-se ir contra. Enxergue, apenas. Essa idéia de resignação e aceitação foi imposta pela igreja e mantida pelas religiões para que todos se ajoelhem ante o que eles impõem como verdade absoluta em suas escrituras falsificadas, preces cheias de culpa e medo e rituais ridículos.

Há que se ver a mentira como mentira sem achar que desilusão é uma desgraça - a menos que o indivíduo queira continuar sendo um iludido. Trata-se de uma libertação; você se livrando do saco de batatas de responsabilidades e obrigações que os sistemas familiar, religioso, educacional, e social em geral - sem exceção - te colocaram nas costas para carregar o resto da vida servindo-os como um animal de carga. E pior... pensando estar fazendo algo nobre, digno e compensador na vida.

É um desaprender total. Trocar a ânsia do eterno "ainda ter que vir a ser algo" pela visão clara de que você não precisa de nada disso para ser o que verdadeiramente você já é. Mas vá com calma porque, uma vez que tudo é ilusão de ótica, só um louco reagiria contra. Se é ilusão - um condicionamento auto-hipnótico em rede - procure ver tudo com clareza e deixe para lá. Vá enxergando e se safando, eliminando as cargas da obrigação culpada e medrosa com que o condicionamento moldou sua mente ainda escrava. Livre-se do que pensa ser buscando o fundamento divino da vida no coração do seu eu intrínseco, a paz original do simples ser.

Você não tem nada com isso, não foi você quem fez a loucura do sistema e quando chegou aqui esse circo/hospício já estava montado. Mas nunca precisou de nada para ser o que é verdadeiramente. Só precisará de tudo que dizem se quiser continuar vivendo de tipo, ser de mentira - como a quase totalidade dos pseudo-habitantes desse mundo louco - e morrer de sede à beira da mina, o coração do seu eu, eternamente buscando o que nunca encontrará onde busca. E se tiver filhos vá começando a tirar da cabeça deles as besteiras que colocou até agora.
Grande abraço e um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

237. Ficar em paz.


Ficar em paz não é dizer amém para tudo.
Isso é ficar com medo.

Riva

236. Subindo.



Lembra-se de quando andou de avião?
De quanto as ruas, casas e fazendas iam ficando cada vez menores parecendo de brinquedo?
E quanto mais subia o avião tudo diminuia em tamanho, em importância, ficando distante até que nem se distinguia mais nada.
Olhando lá de cima nem conseguimos relacionar a vida que levamos aqui com a visão tão tranquilizadora do momento.
Assim são nossos problemas, assim é a realidade das nossas aparentes dificuldades.
No coração do eu tudo desaparece e só fica uma paz sem fim.
A Luz toma conta de tudo!

Riva

235. Celebridades.



Quer se tornar uma celebridade?
Diga as maiores asneiras possíveis, sempre com absoluta convicção, e o mundo cairá a seus pés.
A mera convicção garantirá sua fama, mesmo que você seja o maior dos imbecis.
Apenas tenha cuidado para que suas palavras sejam sempre dotadas de uma medíocre clareza mental.


234. Ioga.



Afinal de contas, ioga é para dissolver a idéia pessoal de si no eu real ou para entrar para o Cirque du Soleil?
A propósito, no circo há malabarismos muito mais interessantes.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

233. Parecendo que é.



Realização do ser é realização "do ser", não sua.
Isso que você pensa que é, será sempre e apenas um pensamento.
Um pensa que é iluminado, outro pensa que é ignorante, um pensa que é vitorioso, outro pensa que é fracassado, um pensa que já chegou outro pensa que ainda tem que vir a ser.
Uma cadeia de "nadas" configurados como "algo" - na auto-hipnose em rede dos pensamentos aparentemente separados - onde uma mentira de si mesmo sustenta a outra para continuar parecendo que é.
Isso nunca teve nada a ver.

Riva

232. Só você.



Não existem pessoas, só existe você.
Se você se visse, veria isso.
A grandeza do seu ser é tamanha que não cabe mais ninguém e nada é preciso ser mudado, melhorado ou alcançado.
Nada mais existe além de você.
É que você quer ver tudo menos a si.

Riva

231. O curso da vida.



Já pensou se o rio vivesse lamentando o curso tortuoso de suas águas e quizesse evitar as cachoeiras onde tem que se precipitar?
Assim vive o ser humano.

Riva

230. O fluir da vida.



Você não pode obstruir o fluir da vida.
Ele esmaga a todos que tentam impedí-lo.
Brincam de motivados cheios de certeza, depois choram e não sabem porque.
Se fazem de vítimas do destino.
A vida já tem seu curso e é ótimo assistí-lo como um espetáculo, pois é o mais variado e rico de todos.
É a Luz cuidando de tudo!

Riva

229. Melhorar-se.



Você não precisa se preocupar em melhorar a si nem a nada.
O que não é, depois de melhorar, vai continuar sendo a mesma ilusão com aparência de ter ficado melhor.
Continuará não sendo do mesmo jeito e vai sempre achar que precisa ficar melhor.
O que é já é.
A Luz já cuidou de tudo!

Riva

228. Transportado além de si mesmo.

Esse texto extraído de Um Curso em Milagres descreve a liberação de consciência que a dinamização com o Riva propicia. Quem já fez poderá identificar. De uma forma ou de outra todos já passaram por isso expontaneamente, mas o importante é saber do que se trata para poder ver que isso tem uma utilidade real na liberação da mente possibilitando a identiticação com plano divino da vida, além da visão restrita do ego.


11. Todos já experimentaram o que poderia ser descrito como uma sensação de estar sendo transportado além de si mesmo. Esse sentimento de libertação em muito excede o sonho de liberdade algumas vezes esperado nos relacionamentos especiais. É uma sensação de ter, de fato, escapado das limitações. Se considerares o que esse “transporte” realmente envolve, reconhecerás que é uma súbita ausência de consciência do corpo e uma união de ti mesmo com alguma outra coisa na qual a tua mente cresce para abrangê-la. Ela vem a ser parte de ti na medida em que te unes a ela. E ambos vêm a ser íntegros, já que nenhum dos dois é percebido como separado. O que realmente acontece é que renunciaste à ilusão de uma consciência limitada e perdeste o teu medo da união. O amor que instantaneamente o substitui se estende àquilo que te libertou e une-se a ele. E enquanto isso dura, não estás incerto da tua Identidade e não queres limitá-la. Escapaste do medo para a paz, sem fazer perguntas à realidade, mas meramente aceitando-a. Aceitaste isso ao invés do corpo e te deixaste ser uno com alguma coisa além dele, simplesmente por não permitires que a tua mente seja limitada por ele.

12. Isso pode ocorrer independentemente da distância física que parece existir entre tu e aquilo a que te unes, das suas respectivas posições no espaço e das suas diferenças em tamanho e aparente qualidade. O tempo não é relevante, isso pode ocorrer com algo passado, presente ou antecipado. Essa “alguma coisa” pode ser qualquer coisa e em qualquer lugar: um som, uma vista, um pensamento, uma memória e até mesmo uma idéia geral sem referência específica. Entretanto, em cada caso, tu te unes a ela sem reservas porque a amas e queres estar com ela. E assim corres ao seu encontro, deixando que os teus limites se dissolvam, suspendendo todas as “leis” a que o teu corpo obedece e gentilmente deixando-as de lado.

13. Não existe absolutamente nenhuma violência nesta libertação. O corpo não é atacado, mas simplesmente percebido de maneira adequada. Ele não te limita meramente porque não queres que ele o faça. Não és realmente “elevado além” dele, ele não pode conter-te. Vais aonde queres estar, ganhando e não perdendo o senso do Ser. Nestes instantes de liberação das restrições físicas, experimentas muito do que acontece no instante santo: a suspensão das barreiras do tempo e do espaço, a experiência repentina da paz e da alegria e acima de tudo, a falta de consciência do corpo e do questionamento acerca da possibilidade ou impossibilidade de tudo isso.

14. É possível porque tu o queres. A repentina expansão da consciência que tem lugar com o teu desejo por isso é o apelo irresistível que o instante santo contém. Ele te chama para ser quem és, em seu abraço seguro. Lá as leis dos limites são suspensas para ti, para te dar as boas-vindas na abertura da mente e na liberdade. Vem a esse lugar de refúgio, onde podes ser quem és em paz. Não através da destruição, nem através do rompimento, mas meramente através de uma serena fusão. Pois lá a paz irá unir-se a ti, meramente porque estás disposto a abrir mão dos limites que impuseste ao amor e unir-te a ele no lugar onde ele está e aonde ele te conduziu, em resposta ao gentil chamado que ele te fez para estares em paz.


Um Curso em Milagres 18.VI

227. As quatro leis da espiritualidade.



Na India, são ensinadas As Quatro Leis da Espiritualidade.


1ª. A pessoa que vem é a certa.

Significa que ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor estão interagindo conosco. Há sempre algo que nos faz aprender e avançar em cada situação.


2ª. Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido.

Nada, nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum "se eu tivesse feito tal coisa" ou "aconteceu que um outro ...". Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos alguma lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.


3ª. Toda vez que você iniciar é o momento certo.

Tudo começa na hora certa; nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é o momento em que a coisas acontecem.


4ª. Quando algo termina, acaba realmente.

Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas foi para a nossa evolução, por isso é melhor seguirmos em frente e nos enriquecermos com cada experiência.


Não é por acaso que estamos lendo isto. Se este texto vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhuma folha de árvore cai no lugar errado.
Viver em paz com toda a tua alma e ser extremamente feliz é o resumo dessas quatro leis.

226. A paz.



A paz que você acha que é a paz não é a Paz, é o que você acha.
A Paz não tem nada a ver.
Pare!

Riva

225. Mestre e discípulo.



Só ve a luz no mestre aquele que, de alguma forma, já a conhece em si.
Na realidade o discípulo projeta sua própria luz naquele que ve como mestre e esse, se for realizado, a precipita na relação iniciando o processo de despertamento.
Quem não tem nenhuma noção da luz em si mesmo não a detecta em lugar algum. São os "ainda" cegos que vivem de culpa e medo.

Riva

224. Segurança.




O natural da doentia mente medíocre é desconfiar da paz e da visão clara de que não há nenhum problema real na vida.
Como é sustentado pelo medo de sua própria inconsistência o ego acha que se não houver perigo não está certo.
Assim vive o mundo. E em cima disso vivem milhares de orientadores oportunistas vendendo uma segurança que jamais irão entregar efetivamente.

Riva

223. Valores.



Se algo tem valor para você, saiba que o valor não é da coisa em si, mas você quem o deu. Isso vale de um alfinete ao ser superior que você chama de Deus. E vale também, é óbvio, para a pessoa que você pensa ser.
O que dá valor, afinal?
O que sou eu?

Riva

222. Complicar é lembrar.



Adão caiu porque comeu o fruto da árvore do conhecimento. Começou a achar que sabia das coisas e a complicar, não aceitando mais o que era, querendo modificar achando que por si mesmo podia fazer melhor. O ego querendo imitar Deus, fazendo seu mundo próprio. Aí cada um quer fazer o seu porque cada um faz sua ilusão de conhecimento na memória, no cultivo de lembranças. Então surge o conflito. E, como sempre na roda da competição do mundo, quem puder mais chora menos. Só que o que ri hoje, chora amanhã e o que chora hoje rirá amanhã e assim, vice e versa, indefinidamente nas mãos do tempo enquanto essa ilusão persistir.
Mas não adianta acreditar em choro nem e riso.
Nada é.
"O que é" é verdadeiramente maravilhosao e não tem a ver com as felicidades instáveis e miseráveis que os sentidos experimentam.

Riva

221. O que existe?



Riva, existe o "agora"? O que existe?


Existe tudo. Você não vê, não pega as coisas? É uma hipnose em rede que faz tudo parecer real. Só que existe mas não é. Mesmo o agora já passou. Não ve isso? Por isso é loucura dupla relembrar o passado, quanto mais se a lembrança despertar mágoa, raiva e ressentimento. Se nem o agora é absolutamente real, mas um fruto da hipnose, quanto mais o passado. Por isso Jesus falava para perdoar. Perdoar é esquecer. E esquecer porque é inutil tentar consertar o que nunca foi. Só isso e nada mais.
É tudo muito simples, sempre, mas gostam de complicar com dogmas e tabús que chamam de conhecimento, saber, cultura, etc...
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

220. Olhai os lírios do campo.



"Olhai os lirios do campo e as aves do céu" quer dizer: você não precisa de nada, mas absolutamente nada, de esforço algum por mais mínimo que seja, para ser o que é.
E você só poder ser o que é, nada mais.
O resto é fantasia, doença, loucura.
Um jato da Luz!!!!

Riva

219. O sofrimento e a Luz.



Riva.
Venho parabenizá-lo pelos escritos. Sempre os acompanho!
Me diga uma coisa: quando você diz "a luz cuida de tudo" vejo que está se referindo à paz incondicional, porque às vezes as condições são de fome, doenças e todas as manifestações, seja de "bom" ou "ruim".
A paz é incondicional, mas no plano relativo há sempre o constante impermanente.
Gostaria de saber como vc vê isso.
Abraços


A Luz cuida de tudo, amigo, mas se a pessoa resolve fazer da própria vida um martírio a luz se encarrega de realizar o desejo dela.
A Luz cuida de tudo e vem do eu. Se o ego é forte e a empana então a pessoa deve sofrer para aprender. Não há nenhum mal nisso nem há que se ter pena de ninguém. Não há coitadinhos nesse mundo. O honesto consigo mesmo jamais sofre. Quer saber se uma pessoa é honesta em seus sentimentos? Veja se ela sofre. Se sofre não serve nem para si, é chantagista, astuta, abusadora da compaixão alheia, etc...
Em Deus não há sofrimento, só fora dele.
A maioria desses "sofredores" se fosse dada uma condição ótima a eles virariam verdadeiros tiranos em seu meio. É o próprio eu (que é a Luz) que faz o ego sofrer as consequências de sua própria presunção e arrogância.
Enfim, em todos os sentidos, é a Luz que cuida de tudo.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

218. Ligação com o ser interior.



É preciso observar que não existe dentro nem fora em absoluto. O uso irrefletido desse tipo de argumentação só serve para reforço das idéias de si mesmo com as quais o ego mantém seu insano e desesperado mundo de ânsias e inúteis buscas sem fim. O "dentro" é uma alegoria usada na tentativa de explicar o inexplicável. É impossível uma "ligação" que não seja ilusória, uma vez que o que parece mas não é só pode se ligar a outra coisa que também pareça mas não é. A mentira de si mesmo projetando-se e fazendo outra.
Só o ser é... e é o todo.
Com o que o todo poderia se ligar se já é o todo?
Há que se enxergar a restritação de si mesmo a uma entidade individual separada das outras - pessoal, mesquinha, ridiculamente necessitada de uma infinidade de coisas e temerosa de tudo - como mentira e mais nada.
Ver a mentira como mentira, cuidar do que tiver que cuidar em paz e sem pretensão e pronto!
E a Luz que é a consciência una, o real ser que somos, cuida do resto.
Ninguém precisa de nada.
A pessoas têm medo de entregarem-se a si mesmas intrinsecamente. Mas não é preciso coragem e sim ver que o medo é um mero pensamento sem fundamento real algum fora de si mesmo e deixá-lo morrer lá.
E eu com isso?
Assim como o medo nasceu, morrer é seu fim natural.
E daí?
A Luz já cuidou de tudo.
E a paz se faz revelando o real segundo o grau de desenvolvimento de cada um, com alegria e satisfação natural sem pieguices místicas.

Riva

217. O destino da humanidade.



Que humanidade é essa?
No sonho você bebe água, faz sexo e quando acorda onde está tudo que parecia tão vivo?
Assim dormimos aqui agora.
Não há humanidade, há sonho e desespero, quanto mais se acredita nele.
Veja que o que todos mais gostam de fazer e o que mais nos restaura interiormente é dormir em sono profundo, sem sonhos.
Todos arrumam a cama ansiosos por dormir profundamente e se não conseguem entopem-se de comprimidos.

Riva

216. Gostar de si.

Quem gosta de mim?
Eu.
O que sou eu?
O que é isso que, em mim, ve o que penso que sou?

Riva

215. Duvidar ou confiar?



Não duvide nem confie, enxergue porque é óbvio.
Se não estiver claro, se não silenciar a mente e pacificar o coração na hora e ainda depender de confiança ou algo no futuro, descarte.
Se o assunto for iluminação, então descarte imediatamente.
Não há nada por vir a ser que não seja uma mentira.
Quem disse que Deus está menos em você?
Basta cuidar do que se tem para cuidar em paz e sem pretensão.
Isso é Deus; paz aqui agora.

Riva