Não há gota, só oceano.
O erro foi a gota "se achar".
Somos gotas.


Agradeço a quem eu sou simplesmente, por jamais ter me rendido totalmente
a quem eu pudesse pensar que fosse.

Quem não fala em proveito próprio não tem medo de desagradar.
Mostrar, com simplicidade e clareza, é apenas mostrar e é preciso.
Quem não quer ver se incomoda, quem quer ver reconhece.

A LUZ CUIDA DE TUDO!




341. Reflexo.



O reflexo é o retrato da mentira.

Riva

340. Como conciliar o silêncio e os compromissos da vida?



Caro amigo Rivaldo.
Muito bom seu blog, mas se me permite, gostaria de tecer alguns comentários e ouvir (ler) o que tem a dizer.
É muito sedutora e reconfortante a idéia do silêncio interno, da ausência de buscas, da entrega total ao ser interno, ao tudo que é.
Só que vivemos em uma realidade (por mais ilusória que seja) aonde temos que interagir com pessoas (algumas muito diferentes) e por mais modestos que sejamos, ainda sim temos compromissos financeiros, familiares, pessoais e profissionais. Temos que decidir, responder, apresentar nosso ponto de vista, enfim: USAR O EGO, pois a "voz" do ser interno, ainda se encontra provisoriamente adormecida e requer algum tipo de movimento (ou não) para vir à tona e fazer parte do nosso dia a dia. Como conciliar esse processo de descoberta, do despertar da consciência, dentro dessa "realidade" aonde precisamos responder ao mundo de alguma forma. Ou será que basta apenas sentarmos do jeito que descreve e aguardar que tudo simplesmente aconteça como num passe de mágica???



O silêncio interno não é uma idéia, amigo. Abra-se para seu eu intrínseco, deixe fluir e veja se há algum barulho, idéia ou sugestão lá.
Você não tem que interagir, você interage naturalmente e muitas vezes até à revelia de sua própria vontade, de seus próprios planos. Todos os bichos, plantas e até as pedras fazem isso. O homem inventou a idéia de necessidade dando valores a coisas que têm valor porque ele deu. Se ele não der valor a coisa é nada.
Você não pode despertar a consciência, ela não está adormecida em você, mas é você quem dorme nela. Você tem limites, ela não. Ela pode sondá-lo e o sonda, mas não você a ela, a menos que aceite seu silêncio destruidor de fantasias.
A realidade em si é a consciência e o que você chama de realidade é um sonho que se interrompe por si mesmo diariamente quando cai em sono profundo e, diga-se de passagem, é a coisa que você e todo ser humano mais gosta de fazer na vida. Nem de sexo o homem gosta mais do que dormir o sono profundo. Sinal que aquilo, a consciência em si, é o certo, e o que o homem tem por consciência é errado.
Veja que você não se fez, não nasceu por ação da sua vontade pessoal. E nasceu de um milagre. Ninguém te fez, seus pais fizeram um mero sexo, por mero prazer, sem a mais ínfima noção de como essa modalidade de existência se configura por si mesma. Nada que exista pode chegar a isso. Toda a vida na natureza acontece, se mantém e degenera assim.
Lembre-se que nem um só grande mestre da humanidade, depois que teve a verdade des-coberta em si mesmo, jamais fez outra coisa que silenciar-se o máximo que pôde e deixou de ter o silêncio como única recomendação fundamental a quem o procurava.
Veja na coluna da esquerda, em amarelo, aqui no blog lá embaixo, depois do Momento da Dinamização, o que o mais adorado e respeitado (e deturpado também) mestre do ocidente recomendava.
A propósito, veja também as duas mensagens cujo link colo aqui:
http://rivaldoandrade.blogspot.com/2010/07/parecendo-que-e.html
http://rivaldoandrade.blogspot.com/2010/07/conversando-com-um-amigo.html
Obrigado pela sua participação, grande abraço e um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva


339. Conhecer Deus.


Como encontrastes Deus?

Como sabeis, senhor, que eu encontrei Deus?
Não riais, senhores.
Esta pergunta é muito séria. senhor.
Deus pode ser conhecido? Deus pode ser achado? Prestai atenção, por favor. Deus é uma coisa que anda perdida e que temos de achar? Pode-se reconhecer aquela Realidade, aquele Deus? Se podeis reconhecê-la, então já tendes conhecimento dela; e se já tendes conhecimento dela, não é coisa nova. Se sois capaz de realizar Deus - a Verdade - essa experiência é gerada pelo passado, e por conseguinte já não é verdade e, sim, meramente, uma projeção da memória.
A mente é produto do passado, do conhecimento, da experiência, do tempo; a mente pode criar Deus; ela pode dizer: “sei que isto é Deus”, “sei que tive a experiência de Deus”, “sei que há Deus, a voz de Deus me fala”. Mas isso é só memória - a antiga reação do vosso condicionamento.
A mente pode inventar Deus e pode experimentar Deus.
A mente, que é resultado do conhecido, pode projetar-se e criar toda a sorte de imagens e visões; tudo isso, porém, se acha na esfera do conhecido.
Deus não pode ser conhecido. Ele é totalmente desconhecido. Não pode ser experimentado.
Só quando não há experimentador não há experiência, só então pode a Realidade aparecer. É só quando a mente se acha no estado do desconhecido que pode surgir o desconhecido.
Só depois de se apagar toda experiência, todo conhecimento, está a mente verdadeiramente tranquila, silenciosa e nessa tranqüilidade, que é imensurável, nessa tranqüilidade, nasce Aquilo que não tem nome.

Krishnamurti
14 de fevereiro de 1954

338. Dignidade.



Uma vez que para sobreviver comemos com prazer carne de animais criados e sacrificados cruelmente para depois defecá-la.
Uma vez que existimos em um corpo emissor de gazes fétidos por carregar uma bolsa de fezes e outra de urina na barriga.
Uma vez que tomamos banho com sabonetes e passamos perfumes para depois de algumas horas estarmos com o corpo exalando mal cheiro novamente por ser essa sua condição natural.
E uma vez enxergando a condição natural dessa primitiva modalidade de existência, o que poderia haver de digno nela além do silêncio do eu intrínseco?

Riva

337. Desgraça.



A palavra desgraça quer dizer, sem a graça (divina).
O eu em si mesmo é a graça ilimitada.
O eu fora de si (ego pensante) é a graça limitada.
Por achar que ele é o que pensa que é, o homem então se obriga a ter que fazer graça. Seu sentimento de culpa o acusa e o impele constantemente a compensar a graça ilimitada que perdeu dentro de si com as gracinhas limitadas que faz no mundo.

Riva

336. Questionamentos.



Ao respondermos um questionamento a mente automaticamente já formula uma série de outros.
Na maioria das vezes a mente quer apenas uma coisa; continuidade da inquietação.
Respostas são inventadas para atender a necessidade do momento, mas nunca correspondem à verdade em si, que só tem a ver com o silêncio.
Da solução real a Luz já cuidou, silenciosamente.
Não faz sentido nos preocuparmos porque a preocupação é um artifício do ego apenas para fazê-lo aparecer, como uma bandeirola balançando ao vento, que nada mais faz além de balançar.
Essa bandeirola avisa que ali há perigo, e o perigo é a preocupação; não se deixe envolver por isso. Nada nesse mundo compensa a perda da paz.
Quem questiona?
Eu.
O que sou eu?
Essa é a questão.
Se nada tem a ver, as perguntas também não têm.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

335.



É tão maravilhosa e real a capacidade de acerto e conserto do silêncio que todos têm medo dele.

Riva

334. Como fazemos o tempo.



Para se manter a ilusão pessoal de si, tem que se fazer a ilusão pessoal de outro - porque o si mesmo não é ilusão, é a únca realidade. E com o espaço a percorrer entre nós e o outro, fazemos o tempo. Assim iniciamos a eterna busca da felicidade - que é o si mesmo - achando que a realização estará no outro ou na coisa ou situação fora de nós que fizemos como necessária. Mas, quando chegamos vemos que o si mesmo não está lá. Então, perdidos da realização no ser e condicionados à loucura do fazer, fazemos outra necessidade. E nunca olhamos pra o si mesmo em si, o eu.
É uma fantasia louca que fica parecendo real e leva a todos com as justificativas mais criativas, mas todas falsas.
Por isso dizia o mestre: Aquietai-vos... o reino está em vós.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

333. Velhos tempos.



Todo tempo é velho, inclusive o futuro, pois tem que ser lembrado.

Riva

332. A ilusão das possibilidades.



O alcance de um objetivo é o início de mais uma nova fase.
Quem quer viver perdido na loucura das possibilidades a faz infinita.
Só Deus não é possível, não precisa ser; já é a vida viva que emana do coração do eu. E quem não impede o silêncio do eu de fluir do coração não precisa de nada.
O silêncio cuida de tudo!
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

331. Busca de felicidade.



Quem não se sente perdido ou derrotado não busca nada, nem ao menos felicidade.
O que enxerga, vê, não tem medo, fica em paz.
Para quê isso?
Cada um é uma mera crosta de pensamentos. Preocupa-se com o futuro quem acha que está fazendo errado e, por antecipação, se culpa. Caso contrário não haveria necessidade de medo de resultados.
Você não é capaz de fazer nada mais que um túnel para colocar a luz lá adiante, no fim. Mas não há fim porque nem começo houve. Nada é. E ninguém está indo a lugar algum que não tenha sido feito pela pobre imaginação pessoal em desespero de auto-afirmação.
Estão todos sonhando.
Para onde pensam que vão?
Até quando?
Quem disse que a vida não é você mesmo e está em algum outro lugar?
Pare para poder enxergar o óbvio!
O universo não tem nenhuma desgraça armada para você, mas seu destino é sua crença.
Permita-se liberar de tanta submissão bajuladora, depressiva, culpada e absurda.
O que enxerga vê que não há nada a ver e faz o que tem que fazer - se achar que deve fazer - em paz e sem pretensão.
Só a Luz cuida de tudo!

Riva

330. Energia.



Nada é o que parece.
Tudo é energia parecendo que é.

Riva

329. Diálogo entre Riva e o mentalista Philippe Van Putten, auto-denominado "O Mahatma".




Paulo
Caro Rivaldo. Quando vc diz "Não existe o lado de cá absolutamente, só relativamente, e se não existe absolutamente não existe de jeito nenhum, pois só o absoluto é verdade", isso revela uma compreensão equivocada do conceito de Shunyata (Vazio), como se diz no Budismo. A doutrina do Vazio não diz que nada existe ou que tudo é simplesmente ilusão. Só é assim quando consideramos um único ponto que seja como o todo. Aí, sim, há uma visão ilusória. É como aprendi de meus instrutores e como pratico e vivencio. Abração e ótimo fim de semana.


Riva
O conceito de Shunyata (que eu nunca havia ouvido falar) é apenas um conceito e não a coisa em si. A coisa está em si, em você, Paulo. Para que o conceito? Você só tem você e verdadeiramente só dispõe disso, o resto é fantasia. Êxtases e depressões passam e você fica sempre como você mesmo simplesmente. Porque não explora a si mesmo? Você não precisa de nada, muito menos da sabedoria ou realização de alguém. Um realizado de verdade viu que tudo é mentira e não vai te oferecer conceito algum, pois sabe que isso tb é mentira. Só você (o Eu) é verdade, pois sem você não haveria conceito algum.
Repito: Porque não explora a si mesmo intrinsecamente? Você (o Eu) é a unica realidade. Não tem dois, todo o resto é ilusão, que pode ser tida como verdade mas não se torna verdade só porque acreditamos nela, apenas nos torna mentirosos. Vamos com calma com tanta erudição. Veja esse ponto com cuidado, Paulo. Grande abraço!



Mahatma
Meu querido Rivaldo... Isso pode ser assim em belas reflexões poético-filosóficas, mas na PRÁTICA evolutiva do SER isso não acontece JAMAIS neste nosso momento espaço-temporal. Ilusório ou não, você está aí, usando o seu computador, e se comunicando comigo aqui (porque nos percebemos e nos sentimos como existindo, distintamente, de alguma forma, dentro do que você chama de Absoluto)! O absoluto é a verdade, mas essa grande verdade não está ao dispor da individualidade, pois a nossa condição humana não tem como incorporá-la; Pode apenas tentar concebê-la filosoficamente, como você faz, mas vivê-la em toda a sua "cosmicidade" não dá!! Se fosse assim, meu querido, não estariamos usando corpos, computadores, linguagem etc., e toda essa "ilusão" de realidade que estamos experimentando seria um fútil e desnecessário "equivoco" da natureza; E não é!!


Paulo
De tudo isso tomo a frase "vamos com calma com tanta erudição". Estamos num jogo de palavras, e isso nunca leva à verdade. rsrs. Declino deste jogo. Continuo em meditação. Abs.


Mahatma
Querido Paulo, tudo flui melhor quando o cérebro, a mente e a alma estão em ressonância. O grau dessa ressonância é o que determina a riqueza do que algumas pessoas chamam de "experiência profética" (um nome discutível)! O bom uso das palavras pode ser usado para enriquecer o nosso exercício psicoespiritual, na medida que retrata a dinâmica da nossa interatividade ´cerebro-mente-alma"! Daí a beleza e a profundidade dos grandes poemas, dos profundos tratados espirituais e das elevadas filosofias que nos foram deixadas por maravilhosos sábios!! Sabiam usar as palavras certas, nos momentos e nos contextos mais oportunos, para o fraterno e amoroso compatilhamento do conhecimento. Isso também é uma forma de expressão do Amor!!


Riva
Você se concentra muito na idéia de si, Philippe. Experimente-se intrinsecamente e veja se isso que você pensa que você é, é alguma coisa de verdade. Não é preciso nada e muito menos de evolução para isso. Evolução é ridículo! Entre em seu eu mais íntimo agora, não é preciso nada e qualquer um pode fazer isso já, você não irá achar nada além de paz e dissolução de tudo que pensamos que somos, cada um de acordo com seu des-envolvimento com a mente e não com a evolução dessa para dentro ou para fora. A mente sempre é mentira (a palavra mentira vem de mente) e em qualquer forma ou sutileza, não é. Se existe uma verdade, não há possibilidade de algo que a busque seja verdade. Algo fora da verdade não é verdade, é mentira.

Veja que a meditação acalma as pessoas, desfaz a tensão de suas vidas organizando divinamente seus caminhos simplesmente porque na meditação correta as pessoas não pensam em absolutamente nada. Basta começar a enxergar a mente como "mente" e nada mais.
Quem vê a mente?
Eu.
O que sou eu?
O que você é, você já é, não poderá "ainda ser". Senão nem essa forma ilusória, seja física ou espiritual, existiriam. Qual seria a base disso? Outra coisa fora de você? Sua vida agora vem de dentro de você ou de algum lugar exterior? A mente surge depois de você ser. É preciso ir com cuidado com essa idéia de evolução pois isso tem sido muito útil para instrutores oportunistas enredarem incautos nas esperanças futuras que colocam em suas cabeças e tornarem-se os portadores necessários das maravilhas que inventam em sua imaginação capciosa. O que você pensa que é, tanto não é verdade que nesse exato momento se degenera inexoravelmente, tanto em idéia quanto fisicamente. Não adianta achar que uma conversa de computador é grande coisa. Tudo já não é, a matéria de seu próprio corpo já se transforma nesse momento. Nada nunca é, portanto como irá evoluir? Evoluir para onde? Vai chegar um tempo e parar no perfeito, verdadeiro e ideal? O verdadeiro não é ideal, é o que é. O real já é real, não se realizará, caso contrário não seria real. Isso não é filosofia, não há nada mais simples, despojado e prático, veja em você mesmo. Não tenha medo de se despojar do que pensa que é.

Tudo é mentira, todos os reinos físicos, mentais, energéticos e espirituais (que são mentais) são mentira, acredita piamente neles quem teme enxergar a rede hipnótica de que se fez escravo. Tudo é medo. Não há nada a ver que não seja uma mera ilusão a mais. Essa interação nossa aqui não tem nada a ver. Isso não tem nenhuma importância se não a dermos. As importâncias somos nós que fazemos e na verdade são todas relativas, não absolutas. Amanhã você acorda e isso não terá nada a ver, nem vai mudar sua vida de verdade porque nada nunca é, só está, e nunca chega a lugar algum efetivamente. Tudo sempre está mudando. Me diga se não é louco quem anda atrás de mudança, melhora, evolução ou expansão de consciência? Mudar o que, de onde para onde, se nada nunca é, só está e nunca fica? Fazer o que se tem para fazer, se tiver para fazer, em paz em sem pretensão, porque não há a nada a ver que não seja mais uma mentira! Me diga se há outra opção decente além de ficar em paz de qualquer jeito sem viajar na maionese.
E daí?



Mahatma
Caro Rivaldo... Com todo respeito, acho que você está um pouco equivocado nas suas colocações. Se você não vê sentido em nada disso, para quê e para quem escreve livros?! Para quê e para quem quer fazer palestras?!! Se é tudo ilusório, o seu ego - que escreve livros e faz palestras sob o seu nome - cultiva essa mesma ilusão para quê?! Se não é preciso mudar a realidade que já existe, basta ficar em casa, de braços cruzados, esperando a morte do seu corpo (que, aliás, imagino que você logo dirá que também será ilusória!). Se acha mesmo que "evolução é ridículo" (Darwin discordaria com toda certeza e com total razão!), não há nenhum sentido útil da sua vida em sociedade, da produção dos seus textos, da sua preocupação em constituir uma família, e até mesmo da sua participação neste Facebook!! Quer dizer que você não mudou NADA desde a sua infância?! De lá para cá não percebeu nenhuma EVOLUÇÃO no seu modo de ser, sentir, pensar e agir?! Meu caro, a meditação é um estado maravilhoso, mas NINGUEM vive meditando por 24 horas!! Por mais que a meditação o leve à paz e equilibre o seu estado de Ser, você vive em sociedade e interage com pessoas que nunca meditaram e, muitas vezes, em ambientes de grande conflito! Não creio que você, nem nenhum outro ser vivente, tenha esse despreendimento do que você chama de "realidade ilusória", até porque a sensação de aprender, crescer e evoluir vem do íntimo, é necessária, é prazerosa e dá cor à vida das pessoas que amam SER o que são!! A dinâmica do Ser e da natureza não é de imobilismo! Fraterno teleabraço.


Riva
A existência é um equívoco por si mesma, Philippe. Eu não disse que não vejo sentido na existência, eu digo que ela não tem sentido em si mesma. Tanto que Deus não existe, Deus é. O sentido é cada um que dá. Sois deuses. Tudo é apenas o que simplesmente é, nada tem sentido em si. O sentido é cada um que dá, segundo sua cultura e interesse. Esse sentido varia de uma cultura para outra, é relativo, é ilusório, é falso. Mas as coisas falsas existem. Não existe uísque paraguaio? Quem não aprecia o verdadeiro contenta-se em enganar a si mesmo e aos seus convidados com falsificações. Os homens falsificam-se a si mesmos e encontram grande prazer nisso valorizando as mentiras que fazem de si mesmos. O valor absolutamente não existe, é dado por quem valoriza no momento da valorização. Portanto, os valores também são falsos. Mas os valores existem e podem ser cultivados, como o fabricante de uísque em Foz do Iguaçu que fabrica seu malte no fundo do quintal. Repete-se a estória do que quer viver de falsificações.

O Riva jamais quis escrever livros, nunca pensou nisso na vida nem nunca sentou-se para fazer isso. Tudo surgiu de mero entretenimento, como alguém que senta no computador para bater papo com amigos. Até hoje sento aqui por mero entretenimento. Quero que você saiba que é um grande prazer abrir o computador e ver que há uma mensagem de um amigo como você dirigida a mim. A organização de um livro e de uma pagina na internet foi mero entretenimento, tanto que não batalhei seriamente para publicar o livro até hoje. Algum significado que eu tenha dado ao que foi feito é responsabilidade da minha pretensão, pois na verdade nada é preciso e ninguém precisa fazer nada. Tudo já corre por si dentro de um inexorável sincronismo universal. A ilusão é sincronizada. Só o Ser é livre. Algum esforço pequeno que fiz por editar meu livro também fiz por fazer, automaticamente impelido por impulsos condicionados, mas quando me vi tendo que defrontar a burocracia das editoras, deixei de lado. Não tenho jeito para isso.

Alexandre Fleming pesquisava por mero entretenimento, se você o colocasse numa mesa de truco para blefar e esbravejar "seis!" bebendo cerveja, isso para ele seria um martírio, uma estupidez. Seu prazer era fazer o que fazia, ficar embaixo de uma escada úmida pesquisando seus micróbios. E descobriu o que descobriu “por acaso”, se é que o acaso existe. Ele jamais pensou que um dia descobriria a penicilina. E não fazia nada por determinação, planificação ou força de vontade, mas porque já tinha nascido com uma tendência inata para aquilo. Era essa sua dinâmica psicossomática. Não adianta você achar que poderá então se sentar e não fazer mais nada porque você não fará se não for essa sua dinâmica psicossomática, dinâmica que você não traçou nem causou pessoalmente. Como eu já disse, você está muitíssimo apegado à idéia que faz de si mesmo, acredita muito no que pensa que é, e isso não tem poder nenhum com relação à verdade intrínseca do ser que te faz vivo. As coisas vão fluindo por si e você não comanda isso. Quando vê, já fez. Observe que sua vida todinha aconteceu e acontece dessa forma. Você teve mil planos e sonhos e tudo só se deu conforme se deu. Ainda mais você, que andou pela mídia e experimentou largamente o sabor dos sonhos, tem muito mais experiência que eu nessa parte. Fico feliz se você ainda estiver fazendo sucesso, pois o trabalho dos mentalistas é maravilhoso se for visto da maneira correta. O trabalho de vocês é justamente mostrar para as pessoas que nada é. Que a matéria é feita no momento em que se pensa. É assim que os pastores fazem as pessoas se curarem nos seu cultos, fazem-nas trocar a idéia desesperadamente perdida de si por uma idéia de proteção e união com o Ser Supremo que as livra de suas culpas. Elas fizeram as doenças, elas fazem a cura. No fim não estavam doentes nem estão curadas, tudo é ilusão. Como dizia Ramana Maharishi “O corpo são é uma doença”.

Veja que se o garfo fosse mesmo sólido, rígido como parece, você não o entortaria. Você está nos demonstando de maneira indubitável - e te agradeço muito por isso - que tudo é ilusão, que nada é o que parece nem poderá ser outra coisa que possa parecer, pois de lá você também poderá transformá-la ainda em outra coisa. Mas tudo isso ainda patina na mera troca de uma ilusão por outra e não realiza a verdeira felicidade do ser se não soubermos enxergar o óbvio de que “nada é, só parece” - até mesmo aos nossos olhos de carne - quando você faz suas demonstrações. Sempre o parabenizarei pelas suas demonstrações, que nunca assisti mas teria grande prazer em vê-las ao vivo qualquer dia. Já vi meu amigo o Thomaz Green Morton fazer algumas coisas lindas. A colher energizada na foto acima é um presente carinhoso que ganhei dele. E concordo com você, quando se aborrece com mentalistas sensacionalistas que abusam da ignorância das pessoas exibindo suas aptidões de burlar a hipnose em rede benefício próprio exclusivamente, em vez de esclarecê-las, tirando-as da ignorância e da crença de que algo que exista possa ter a ver com a única verdade que realmente liberta e nos faz felizes.

Não tenho a menor pretensão de mudar o mundo nem melhorar ninguém. Eu não melhorei. O que sou não melhora. O Riva sou eu, mas eu não sou o Riva. O que parece ter melhorado, apenas mudou. O aspecto de melhora é apenas valorização de situações e não tem valor real em si, o valor somos nós que damos. Você pode me garantir que sou verdadeiramente mais feliz e realizado que os animais que habitam as florestas na natureza? Só a arrogância humana seria capaz de afirmar isso.

Não se luta contra a ilusão. A ilusão parece, mas não é. E só um louco lutaria contra o que não é. Por isso falo em fazer o que se tiver para fazer (se tiver para fazer) em PAZ e sem pretensão, pois nada nunca tem a ver com o que superficialmente pensamos que vemos, sabemos ou somos. Procurar não se lançar alienadamente na maionese das possibilidades universais sem antes ter perfeita noção de que tudo é mentira.

Repito. Veja você mesmo em seu trabalho, que considero maravilhoso. Você usa a hipnose para manifestar seus fenômenos, que são legítimos. Há muitos truques nessa área, mas creio que seus fenômenos sejam legítimos. Você “muda mesmo” a ilusão. Tudo é hipnose, estamos aqui regidos por uma rede hipnótica que faz todos crermos piamente que nosso corpo é sólido, que as paredes são sólidas e essa tela de computador na nossa frente é absolutamente real. O que o hipnotizador faz é burlar, no sentido positivo, a hipnose, criando uma outra ilusão. Quando um hipnotizador hipnotiza uma platéia ele não está hipnotizando quem não estava hipnotizado, todos já estão hipnotizados, ele apenas muda a hipnose. Os diversos mundos são diversos níveis de auto-hipnose em rede. É um jogo lindo e rico em potencial de libertação para as mentes que podem enxergar a beleza desses brinquedos da Mãe Divina, como dizia Ramakrishna.
No antigo Vedanta há um relato de que um discípulo perguntou a seu mestre:
- Mestre, quando foi criado o universo?
E este respondeu:
- Agora.
“Nada do que vejo significa coisa alguma”, “O mundo em si é nada”, “Não há nenhum mundo”. (Um Curso em Milagres)
Grande abraço e um jato da Luz no seu coração, AGORA, meu querido!!!!

Obs: Isso é material de livro, uma palestra. Está vendo? Mero entretenimento. Obrigado!

328. Escolhas.



Cada um escolhe o que é melhor pra si, não é?

Pensam que escolhem.
Há quantos anos você tenta entender? E quanto mais vê, vê que cada vez sabe menos. Uma força maior rege os destinos. As importâncias pessoais se colocam no meio - depois dos acontecimentos - se achando e creditando mérito ou culpa aos egos. Nada a ver.
O homem não faz nada além de enganar a si mesmo com sua mente restrita à percepção dos seus pobres sentidos.
Guias, protetores, instrutores e os mais altos anjos não são autonomos. Não existe autonomia neste universo. Autonomia é só da força una intrínseca em tudo que venha a existir em qualquer modalidade ou dimensão. O próprio Deus supremo é regido pela força una que está além dele. Deus não tem vontade própria. Quem se mete a isso são deuses, demônios oportunistas. E só se metem nas cabeças dos crentes manipulando mentes, usando convenientemente o conhecimento que têm do sincronismo dos acontecimentos na ilusão, que já se deu.
Nada vai acontecer.

Deus supremo é supremo porque parou absolutamente de se achar e de se aproveitar convenientemente da ignorância dos outros, uma vez que para ele não há outro.
Deus supremo é o eu.
É muito simples e maravilhoso isso.
A questão da liberação - mukti - é simplesmente liberar a si mesmo de sistemas. O silêncio expande a percepção e mostra que o que rege está totalmente fora do que parece ter a ver.
Não vê que tudo caminha só por si mesmo? É igualzinho no mundo inteiro, desde que o mundo é mundo. Mudam o cenário e os artifícios mas a peça sempre foi e será a mesma. A ignorância de hoje é identica à antiga.
Não existe uma evolução para deixar esse mundo maravilhoso. Isso é mentira.
Esse mundo é assim mesmo. Se não fosse assim Jesus o teria consertado em sua época em vez de simplesmente afirmar que seu reino não é daqui.

Quando iam de caminho, entrou ele em uma aldeia; e uma mulher chamada Marta hospedou-o. Esta tinha uma irmã chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, ouvia o seu ensino. Marta, porém, andava preocupada com muito serviço; e chegando-se, disse: Senhor, a ti não se te dá que minha irmã me tenha deixado só a servir? manda-lhe, pois, que me ajude. Mas respondeu-lhe o Senhor: Marta, Marta, estás ansiosa e te ocupas com muitas coisas. Entretanto poucas são necessárias, ou antes uma só. Maria escolheu a boa parte, que não lhe será tirada. - Lucas 10,38 a 42

O povo quer auê, quer festa, quer chorar, se fazer de vítima, quer inventar sistemas, decifragens mas só para enganar a si mesmo. Na verdade os do topo conhecem o funcionamento do sistema fundamental da mentira e exploram a ignorância dos de baixo colocando crendices na cabeça deles. E isso funciona naturalmente, é inerente à bestial condição humana.
Os que já têm condição de enxergar, enxergam e despertam.
Veja que conforme a clareza vai se descortinando vemos que só foi colocado besteira em nossas cabeças e que os coitados que pensavam que nos educavam nunca fizeram nada mais que viver morrendo de medo de desgraças vindas de um poder superior que nunca fez nada mais que os ameaçar.
Esse mundo já rolou. Não há como persistir uma civilização dessas, mas não por ação de uma justiça divina punindo casos particulares de pessoas ou mundos, mas por sua própria condição, como a fruta que chegando ao ponto de maturação cai e apodrece.
Na ilusão - uma vez que ela não é - tudo é transição.
Aquele que já pode enxergar que só a Luz cuida de tudo se liberta.
Um jato da Luz pra você!!!!

Riva

327. Krishnamurti.



Não é demonstração de saúde estar bem ajustado a uma sociedade profundamente doente.

326. Nada é preciso.

Prepara-te agora para o desfazer do que nunca existiu. Se já compreendesses a diferença entre verdade e ilusão, a Expiação não teria nenhum significado... Não te encarregues disso, pois não podes distinguir entre progresso e retrocesso. Alguns dos teus maiores progressos julgaste como fracassos e alguns dos piores retrocessos avaliaste como sucesso... Agora, só precisam lembrar-vos de que não precisais fazer nada... Quando a paz chega afinal... ela vem sempre acompanhada de apenas uma conscientização feliz: “Eu não preciso fazer nada”. - UCEM 18.V.1 e 18.VII.5

325. Não há gota.


De nada adiantará preocupar-se com problemas alheios.
O problema do outro é o mesmo seu e se você resolver o seu, o dele será instantaneamente resolvido.
De milionários a miseráveis, de acadêmicos a analfabetos, de Apolos a Quasímodos, de anjos a demônios, de iluminados a obscuros o problema é um só; se achar.
Na Luz não há iluminados, só luz.
Sem resolver esta única questão você nunca fará mais que substituir uma ilusão por outra e sempre acreditará que ainda há algo a ver.
Descubra que não há nada a ver com você e verá que não há nada a ver com eles.
Enquanto não abrir os olhos para essa simplicidade, a incerteza, a culpa, o medo, a mágoa e a angústia serão suas eternas companheiras por trás das crenças, dos sonhos e das esperanças.
Veja como foi até agora e verá como será, o homem é uma memória ambulante e memória só se repete.
Não há gota, só oceano, o erro é a gota se achar.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

324. Acender velas.


Acende vela quem quer pouca luz.
Aquele que quer a luz plena abre-se em quietude para a paz silenciosa do coração do eu. Não é preciso fazer nada nem ter intenção alguma. Basta abrir-se silenciosamente para o principio divino da vida em si mesmo. E a Luz cuida de tudo.
O reino dos céus está dentro de vós.
Que luz pode dar uma vela?

Riva

323. Mistérios.

O mistério é uma caixa vazia finamente embrulhada.
Enquanto não é aberta imagina-se que contenha mil coisas.
Na expectativa você pode alegrar-se imensamente ou até morrer de medo do conteúdo se acreditar nas fantasias criadas em torno da mesma.
Mas, depois de aberta, vê-se que não tem nada.
Assim são todos os mistérios, assim são todos os símbolos.
Por isso precisam continuar sempre como "mistério".

Riva

322. Frequência mental.


Quer saber quando sua frequencia mental está alta ou baixa?
Oberve seus pensamentos.
Se no momento forem de cobrança de si mesmo, de dúvida, de remorso ou culpa por descumprimento de alguma obrigação, se for de necessidade de retratação de algo que fez, a frequência é péssima.
A frequência baixa é a frequência da lembrança, da memória. Se forem lembranças boas a frequencia é ruim, se forem lembranças que te deixem com sentimento de culpa e obrigação de qualquer coisa, a frequência é péssima.
A frequencia alta é a frequencia do eu, da ausência de qualquer tipo de lembranças. Não é a frequencia do agora, pois o agora já é o início da memória, da criação da relatividade. O agora só existe em relação ao antes e ao depois. O agora é o anúncio da morte.
A frequencia alta é a frequencia do que é. Sem valores, importâncias ou significados sendo pesados sobre o que se vê. Sem maravilhas nem coisas ruins, a frequência alta é a paz pura e simples do coração do eu, acessível a qualquer um sem necessidade de análises psicológias nem cultivo de experiências ou transes de qualquer espécie. Isso é auto-hipnose.
Nada é preciso, basta fazer o que tiver para fazer, se tiver para fazer, em paz e sem pretensão porque a Luz já cuidou de tudo.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

321. A Luz que cuida de tudo.



Ao comer algo, seu organismo faz a digestão sem precisar de nenhuma interferência de sua vontade pessoal. É a Luz que cuida de tudo. Você pode atrapalhar sua digestão com pensamentos negativos, mas ajudar jamais.
A ordenação original é perfeita em si.
As abelhas fazem o mel com o pólen das flores do campo sem saberem se Deus existe.
Não pedem, não agradecem, não acham que têm alguma obrigação e nem se vangloriam de seu feito. Elas apenas são o que são.
É a Luz que cuida de tudo.
O homem não se deixa apenas ser, ele quer ser, e agindo motivado pelo querer pessoal deturpa a ordem original da vida, impede a Luz de cuidar de tudo.

Riva

320. Carma e meditação.



Querido Riva... abençoado Mestre. A cada dia que passa eu percebo que realmente tudo que necessitamos está dentro de nós e em nenhum outro lugar, hoje estive visitando seu blog e encontrei muita luz ali... obrigada.
Se me permitir gostaria de saber sua visão a respeito de CARMA, nos chamados resgates de vidas pretéritas.
Receba minha gratidão.
Beijos de LUZ no teu coração.
A.



Não há nada que necessitemos dentro de nós. Não necessitamos de nada. A mente viciada em existir só em cima de lembranças gera condicionamentos sociais que fazem a confusão das necessidades. Mas tudo já é encadeado pela ilusão maior conhecida como natureza, fora do tempo. Quem faz o tempo é o pensamento, com congelamentos de lembranças na ilusória auto-configuração psicossomática a que cada restringe a realidade infinita do próprio ser. Acúmulo de lembrança (conhecimento) fazendo vida ilusória (morte).
Carma não existe absolutamente, é uma crença. E o destino da pessoa é sua crença. Se não houver crença não há destino, há realização, liberação, eliminação de uma mente existindo separadamente de outras como pensamos que somos. Se você percebe a crença, percebe que nada é e nada faz sentido. Se você ver que o sentido é cada um que inventa ou aceita vindo de outro, não há carma. Você não é o que pensa, VOCÊ É O QUE VOCÊ É, E O QUE VOCÊ É VOCÊ NÃO SERÁ, VOCÊ JÁ É ANTES DE PENSAR (preste atenção nessa frase). Ninguém precisa de ação nem resgate algum para vir a ser alguma coisa. A vida é o que somos intrinsecamente e não o que achamos que temos que fazer para ainda ser de um jeito que nos iludiram que devemos ser. Todo jeito é mentira, cultivo de lembrança configurando ilusão, loucura. Isso é morte, isso faz carma e todo tipo de loucura a partir da crença. Seu jeito é a paz e a paz vem só do silêncio interior.

Eventualmente, em alguma situação, pode parecer que alguém tenha o poder de te dar paz, mas a paz não vem da pessoa, a paz é o ser uno, a realidade infinita de cada um no coração do eu. Essa pessoa pode despertar isso em você, mas não pense que isso vem da pessoa, é o ser que a pessoa tem expontaneamente desperto em si. Isso não se desperta com desejo pessoal, só vem por si. A entrega silenciosa à paz original do coração do eu propicia uma abertura na crosta de pensamentos chamada ego e a visão vai se abrindo aos poucos. Mas a realização só vem por si mesmo e não por intervenção pessoal nossa. Não podemos fazer nada. O único que podemos fazer de verdade é parar e silenciar para não atrapalharmos. Os momentos de quietude mental que o silencio propicia nos permite ir vendo com clareza cada vez a maior a ilusão como mera ilusão, a mentira que tudo é. Só isso, simplesmente e sem medo. E conforme vamos encarando as coisas, pensamentos, conhecimentos, valores, importâncias, significados, necessidades, compromissos e obrigações como ilusões o peso de tudo isso vai se esvaindo de nossas costas. E com isso vai o carma também.
Espero que tenha esclarecido algo.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva



Querido Riva, em sua mensagem, compreendi que colocar PAZ, AMOR, HARMONIA e seja o que for, como uma necessidade, algo que se busca no íntimo ou no externo, seria como colocar PAZ, AMOR, HARMONIA como algo separado, tipo como se fossem uma "vestimenta" q precisamos vestir para TER paz, amor e harmonia. E na realidade não temos q tê-los, pq nós SOMOS PAZ, AMOR, HARMONIA e tudo o mais, simplesmente SOMOS. E a crença nos trás a ilusão da FALTA.
E consegui compreender q meu erro é justamente tentar intervir... achar q tenho q fazer algo p/ SER O Q SOU.
Se me permite abusar um pouco mais de sua boa vontade, tenho mais uma dúvida.
Na meditação eu costumo apenas me sentar e buscar silenciar a mente, sem usar música ou mantras. O recurso q por vezes uso é o de observar a respiração, embora acho q nem isso deveria fazer. E de uns tempos pra cá, mesmo sentada eu costumo cochilar e qdo vejo já aconteceu... e não entendo o pq destes cochilos. Poderia ser um dispositivo de minha mente ainda "barulhenta"?
Com certeza q vc me esclareceu sim... estarei relendo outras vezes o q escreveu, pq sei q conseguirei uma maior compreensão... e qto à frase, eu compreendi, me ative principalmente na parte q diz q SOU antes mesmo de pensar.
Agradeço de coração pela grde ajuda.
Namastê.
Um Feliz Ano Novo pra vc tb, com muitas realizações e LUZ.



Se você ler o Momento da Dinamização - http://rivaldoandrade.blogspot.com/2010/04/momento-da-dinamizacao.html - verá que lá diz para olhar os pensamentos como meros pensamentos. Diz que nenhum pensamento importa, seja ele bom ou mal. Isso acontece em você, mas não é você. Deixe tudo acontecer. Quando for meditar apenas relaxe, abra o peito e solte totalmente os ombros para baixo e para trás. Mantenha sempre o peito aberto para liberar a vida do coração do eu, que a postura física encurvada sobre si sufoca. Esse encurvamento sobre si provoca o domínio da mente sobre a consciência.
Mente não é consciencia, veja bem que existe essa diferença. Mente é mentira, consciência é ser, ausência de necessidade de qualquer coisa, até mesmo de sobreviver. É claro que todos temos necessidades, mas isso tudo já foi visto pela luz, senão nem estaríamos existindo nesta ilusão matematicamente controlada.

Não busqueis o que comer ou beber; e não vos inquieteis! Pois são os gentios deste mundo que estão à procura de tudo isso; vosso Pai sabe que tendes necessidade disso. Pelo contrário, buscai o seu Reino, e esssas coisas vos serão acrescentadas. Não tenhais medo, pequeno rebanho, pois foi do agrado do vosso Pai dar-vos o Reino. - Lucas 12, 29 a 32

O reino já foi dado - foi do agrado, não será do agrado. O reino é só você, o resto é loucura.
Uma vez que controle é prisão, não tente controlar nada. Deixe os demônios controlarem o mundo, eles já têm muito trabalho com isso para nunca chegarem a lugar algum. Deixe-os fazerem o que quiserem e envolverem os imbecis que acreditam em promessas. Já há demônios demais – vivemos em um mundo de seis bilhões deles, almas penadas se achando alguma coisa perdidas no que pensam que pensam - e não há necessidade nenhuma de você também entrar nessa.

Não faça do ato de meditar uma obrigação.
A meditação nos puxa várias vezes ao dia, procure sentir esses momentos e entregue-se momentaneamente a eles do modo que puder onde estiver, conforme eles vierem. O que importa é a paz, o momentâneo aquietamento. Não é para atingir nenhuma meta, é para deixar-se ser, é para ver o que você nunca deixou de ser. Esse auto-isolamento não prejudicará em nada sua vida, está dentro do sincronismo. Evite querer saber como são as coisas. Deixe os demônios saberem, eles já pensam que sabem muito, mas continuam demônios, esperando e vendendo a mesma esperança. Entrega é a solução. Não tenha medo de obedecer os convites da realidade infinita do seu ser intrínseco, o ser intrínseco uno de todos nós. E eles acontecerão cada vez mais, isso já foi providenciado. O Momento da Dinamização é uma boa dica para início e tudo se dará na medida do seu desenvolvimento natural. A Luz cuida de tudo. Tudo se encaixará perfeitamente no que estiver ou não fazendo. Você não precisa fazer nada, apenas aceite os convites para si mesma e não para algum reino maravilhoso fora de você.
Evite a obrigação de meditar, de ficar em paz, evite qualquer obrigação. Você já tem muito que fazer na sua vida diária, então faça simplesmente, já que isso também é meditação, isso deixa você em paz.

Quando o fazer é simplesmente fazer, sem pretensão, o fazer é meditação.

Isso ajuda a nos isolarmos cada vez mais da auto-hipnose em rede, nos isolarmos da roda obsessiva dos pensamentos que engole a todos o tempo todo. A questão é enxergar a hipnose e não vencê-la a qualquer custo. O que não é não pode ser vencido, deve ser visto como o que é; um nada que pensamos ser algo. Só um louco se ocupa do que não é.
Veja que os loucos nos manicômios perderam-se no que não é. Um perdido na idéia que faz de si como Napoleão, outro nas próprias culpas e até muitos loucos por aí perdidos na idéia que fazem de si como seres iluminados. Tudo isso é meramente pensamento.

Antes de meditar veja os pensamentos. Se você os vê, eles não são você. Então não há nada a ver com você, uma vez que estão por aí na mente de todos, levando os incautos nas malhas do condicionamento. Observe que antes de você existir, antes de ser amestrada à auto-hipnose em rede, não havia nenhum pensamento. Só depois de você existir como pessoa é que os pensamentos surgiram e há momentos em que você expontaneamente não pensa, momentos que você chama de paz. Veja que você é você sem pensar e que é só os pensamentos surgirem, a paz se vai. Todo pensamento é uma lembrança e a auto-hipnose é a repetição insistente de um comportamento armazenado na memória, no caso, um comportamento padrão para todos. Isso mantém a loucura da normalidade.

É bom lembrar que a hipnose se estende ao infinito configurando outros mundos e dimensões inimagináveis. A loucura das possibilidades também é infinita para quem quer se perder nelas. Mas a base de tudo é a paz.
Tanto mais evolução aparenta o mundo quanto maior for a paz, até a dissolução final da divisão entre as entidades ou seres existentes. A paz é a realidade de qualquer configuração. É o que é antes do agora e jamais ausente.
Fique na paz que puder, como puder e quando der vontade de meditar, medite. Não se esqueça que nós não meditamos, é a meditação que nos envolve. E ela envolve a todos sem diferença, uma vez que somos meditação. Mas o desconhecimento do processo do pensar, o desconhecimento do quanto a hipnose em rede nos envolve não nos deixa perceber a maravilha suprema que é a simplicidade do ser.
Espero que tenha ficado melhor esclarecido.
Um jato da Luz no seu coração!!!!


Riva


Sobre a palavra demônio, usada algumas vezes acima, ler a mensagem "Carta a um judeu": http://rivaldoandrade.blogspot.com/2010/08/faccao.html