Não há gota, só oceano.
O erro foi a gota "se achar".
Somos gotas.


Agradeço a quem eu sou simplesmente, por jamais ter me rendido totalmente
a quem eu pudesse pensar que fosse.

Quem não fala em proveito próprio não tem medo de desagradar.
Mostrar, com simplicidade e clareza, é apenas mostrar e é preciso.
Quem não quer ver se incomoda, quem quer ver reconhece.

A LUZ CUIDA DE TUDO!




436. Necessidade.



Quanto mais o indivíduo consome mais necessitado ele é.

Riva


435. O poder.



A quem tudo pode, tudo falta. E sua ânsia é interminável.
Quem pode são os semi-deuses, senhores da incerteza, da inquietação, do mêdo e do desespero.
Deus não pode, já é o todo e não precisa poder nada.

Riva

434. Luz no sonho.



18.III.1. Tu, que tens gasto a tua vida trazendo verdade a ilusões, realidade a fantasias, tens andado pelo caminho dos sonhos. Pois passaste do despertar ao sono e penetraste cada vez mais em um sono ainda mais profundo. Cada sonho levou a outros sonhos e cada fantasia que parecia trazer uma luz à escuridão só fez com que as trevas fossem mais profundas. A tua meta era a escuridão onde nenhum raio de luz pudesse entrar. E buscaste uma negrura completa para que pudesses nela esconder-te da verdade para sempre, em completa insanidade. O que esqueceste foi simplesmente que Deus não pode destruir a Si mesmo. A luz está em ti. As trevas podem encobri-la, mas não podem apagá-la. (Um Curso em Milagres)

433. Certo e errado.



O que nós chamamos de errado, Deus chama de certo.
O que nós chamamos de certo, Deus chama de errado.
O que estamos vendo além dos nossos umbigos?

Riva

432. O lance.



O lance não é meditar, é ser.
E já somos.
Meditação é deixar-se ser, apenas, sem buscar, sem querer.
O eu não se busca, não se alcança. Isso seria o mesmo que a água querer ser líquida.
O eu é você mesmo, simplesmente, esquecido de tudo menos de si.
De que adianta viver lembrando de tudo e totalmente esquecido de si?
O lance é meditação, e não meditar.
Meditação não é um estado, não é um nível de consciência, é consciência plena de si sem limites, sem necessidades, sem qualquer outro ser ou coisa separada de você, é apenas ser.
O resto pouco importa, pois do jeito que for não é. Isso jamais terá fim enquanto você achar que o que “está como você”, pessoalmente – neste mundo ou em outros - é o que você é.

Riva

431. A porta certa.



Feche as duas portas se quiser. Ninguém é obrigado a ir a lugar algum. Os lugares que essas fotos representam são como elas mesmas, apenas uma imagem, nada mais. Azar de quem acredita, e quem cai no azar é obrigado a depender da sorte. Esse, a si mesmo já se condenou.

Riva

430. Vencer.



Se venceu ontem, se liga!
Hoje não é mais.
A vitória no tempo é a vitória da mentira.

Riva

429. Se...



Se jamais confiássemos no que vemos... que maravilha seria!

Riva

428. Não foi, nem será.



O livre arbítrio consiste em se deixar as soluções para quem fez, para o Causador e não para o efeito, que nada pode. Se o efeito nem a si se causou, nem sabe como foi, como saberá como deverá ser?
Na verdade não foi nem será... É.
O Reino dos Céus (já) está dentro de vós!

Riva

427. Cobra engolindo cobra.



O atrevido se acha esperto e mais inteligente que os outros usando drogas e acaba sendo vítima de um mais esperto que ele, o intocável figurão milionário que comanda o sistema. Depois se indigna querendo que a polícia prenda o figurão junto com ele, exigindo que seja feita a justiça divina que ele mesmo rejeitou.
É cobra engolindo cobra.
E enquanto não cai o véu da ignorância de si mesmo, que enceguece a todos que acreditam que são o que pensam que são, quem puder mais chora menos.
No final acabam se engasgando um com o outro.
A felicidade não está em nenhum dos lados, a felicidade é simplesmente ser.
Uma vez em si pode-se assistir com clareza o espetáculo do circo.
Nem há necessidade de perdoar ninguém, nada acontece de fato e, dentro da ilusão, a Luz já cuidou de tudo.
A realidade não precisa de cuidados.
Não é porque não queremos enxergar o óbvio que ele deixa de reger a lei maior que inexorável e inevitavelmente sempre se cumpre na relatividade.
Um jato da Luz!!!!

Riva

426. Ninguém me entende.



Ninguém tem que nos entender, nem devemos, em sã consciência, esperar isso de ninguém.
Para aquele que descobre a Si Mesmo, o mundo se soluciona.
O mundo não começa fora, começa com “eu simplesmente sendo” antes de tudo.
O que Eu Sou, a partir de como vejo, faz o mundo.

Riva

425. A crença mais cega.



Quem disse que um pedaço de papel impresso "cem dólares" nele vale mais do que vale um pedaço de papel qualquer? Papel é papel.
Depois dizem que só fanatismo religioso é crença cega.

Riva



424. Auto-estima.



Auto-estima é você estimar o que você pensa que você é, é estimar o ego. Com isso enterra o eu na ignorância de si mesmo. O que você irá estimar se nem sabe O QUE É VOCÊ? Não existe tolice maior que essa "moda" de auto-estima. Os que se estimam são os egocêntricos que roubam no governo, passam para trás os companheiros nos negócios porque estimam mais a si que aos outros. E o povo fala mal deles e clama por justiça.
O que você pensa que você é não passa de pensamento e pensamento é NADA, sempre. Você pode dar o valor que quiser ao que pensa, mas isso não deixará de ser nada, só será um peso morto na sua mente.

Riva

423. Falar mal.



As pessoas não falam mal de nós, elas apenas falam de nós.
Ninguém serve para tudo.
Se em algum ponto somos maus, o que podemos fazer?
Só que todo mundo é mau.
Bom não existe ninguém.
Porque me chamais bom? (Jesus)

Riva

422. Quem quer ir?



Por mais cega que seja a pessoa, ela não está impedida de enxergar que não precisa ir a lugar algum. A vida é sincronizada e a Luz já cuidou de tudo.
O que impele a pessoa é sua própria opção de continuar cega e andando. E acreditando na máxima do sonho americano: Você pode, você consegue.
Primeiro enxergue, depois veja se é preciso mesmo ir.

Riva


- Quem quer ir?
- Eu.
- O que sou eu?

Ramana Maharishi

421. O torpor intelectual.



A leitura é para causar silêncio, para aliviar o coração, para nos despojar de presunções, de pretensões, de metas, sonhos, esperanças e obrigações. Qual o problema em fazer apenas o que se tem para fazer em paz e sem pretensões? Tentando mudar o rumo do universo o homem não faz mais que uma trajetória interminável de eterna troca de uma ilusão por outra. A leitura que agrega conhecimentos, conceitos sobre si mesmo e sobre o mundo faz da mente um lixão e do indivíduo um estereotipado, um catador de lixo a mais se achando especial. Os ambientes universitários, intelectuais e pretensamente descolados estão lotados desses infelizes, se achando. Mas ninguém tem sossego, ninguém tem paz, ninguém tem prazer em aceitar-se simplesmente em leve despojamento. Fizeram do eu (equivocado) mais um elemento de cogitações intelectuais. E a solidão, a vivência íntima de si mesmo – que deveria ser a maior glória da vida - tornou-se uma tortura insuportável diante do que fizeram de si. E correm para a rua extravasarem-se como esgotos, em mútua justificativa, um vazando para o outro a escória que o desespera.
É claro que fica quase impossível viver (morrer) numa rede auto-hipnótica dessas sem se entorpecer de uma forma ou de outra, mais ou menos gravemente, com músicas, comidas, bebidas, drogas e os prazeres mais auto-desencontrados possíveis.
Perderam-se totalmente de si mesmos e querem salvar o mundo. E claro é que querem salvar o mundo para conservarem o torpor a que se relegaram e que estupidamente concebem como a máxima vida possível no universo.
É bom lembrar que mostrar o óbvio não é dizer que algo esteja certo ou errado, afinal é óbvio.
O tatu cavouca fundo no chão, o canarinho canta bonito no galho mais alto, cada um com a leveza ou o peso que proporciona a si mesmo.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

420. Abaixo dos pensamentos.



Abaixo das nuvens pode estar escuro, mas acima delas o sol brilha sempre, jamais se apaga.
O mesmo acontece conosco quando vivemos abaixo dos pensamentos, atados aos limites da mente. Vivemos um mundo nublado incerto, temeroso, necessítado de proteção e sempre em busca de felicidade.
Deixe o silêncio interior varrer as nuvens, o universo não tem nenhuma desgraça armada para ninguém.
A Luz já cuidou de tudo!

Riva

419. Vivência da ilusão.



- Porque estamos aqui vivenciando essa mentira, ilusão?

- Se é mentira, ilusão, não estamos vivenciando.

- Achamos que estamos experimentando, esse achar é mentira?

- Pois é... não tem nada a ver! Questionar não faz sentido e também não tem a ver. Não há motivo real para não ficar em paz. Se você não der valor, nada tem valor, e quanto menos valor dermos aos arredores, mais crescemos interiormente, ao infinito. Não esquecer que a mente não é interior, é a periferia do ser, menos exterior que o corpo, mas ainda é periferia.

418. O algodão real.



A existência é uma eterna cilada, um algodão com espinho dentro.
Se acreditar e querer segurar à força o espinho penetra.
Mas a vida, que dá vida à existência, é maravilhosa.
Convém não misturar uma coisa com outra e tomar cuidado com o espinho dentro do algodão.
Deixe rolar, a Luz já cuidou de tudo!
A vida é o simples ser, é algodão sem espinho.

Riva

417. A solução real.



A única solução real para a vida é o silêncio. Não é dinheiro no banco, casa em bairro bom, carro na garagem, comida na barriga, família, amigos e o resto mais. Na vida relativa isso tem sua relativa importância, mas quem não tem essas coisas acha que tem que lutar para ter e quem tem acha que tem que lutar para conservar. Mas, não é atacando o problema, como o vemos, que podemos resolvê-lo.
O silêncio amplia a visão e na visão mais ampla vemos que tudo só anda por si.
Nós nunca resolvemos nada.
Só quem silencia vai conhecer, e quem não conhece vai continuar lutando.
Há quem prefira lutar e há quem prefira assistir em paz as lutas pelo inevitável.
A Luz já cuidou de tudo.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

416. Amor e amar.



Quem ama é a mente.
Tudo que a mente faz fica existindo, mas é mentira.
Amor não é amar, o amor não é um sentimento, é o ser.
Amar é ânsia.
Em paz nem amar você precisa, você se torna o amor, sem querer saber de nada.
Amar é usar o outro.
Deus é amor, mas não ama a outro senão a Si Mesmo, em cada um de nós. E se Ele nos amar nessas idéias tolas que fazemos de nós mesmos, nós vamos ficar assim pelo resto da eternidade.
Amar a Deus não é ficar adorando-o, é parar de se achar.

Riva

415. Não precisa.



Você não precisa silenciar.
Você não precisa de nada.
A Luz cuida de tudo!
Mas, se não silenciar, não vai ver como a Luz cuida.
Não vai ver que não precisa.

Riva

414. A força soberana.



Existe uma força soberana acima de qualquer lei que o homem possa querer impor.
Essa força é o silêncio.
Graças a ele Deus pode fazer Sua vontade em nossa vida.
A vontade de Deus é a vontade do Eu, a única que pode proporcionar a paz perfeita, na razão perfeita do nosso desenvolvimento.
Não precisamos querer nada, tudo vem a seu tempo.
A Luz já cuidou de tudo!
Mas somos tão presunçosos, tão arrogantes em nossas ambições pessoais, no que pensamos que somos e que devemos fazer...

Riva

413. Dar amor.



Querer dar amor é presunção, vaidade pessoal.
O amor é Deus, é o Eu, que é o princípio divino da vida de cada criatura e já está por tudo. Podemos ficar em paz.
É disso que o mundo precisa, de gente na paz do simples ser, não de gente querendo dar o que não conhece nem em si mesmo. Ninguém precisa de nada.
Ou Deus fez a coisa toda errada e precisa de nós para consertá-la?
O amor anula o mundo que fazemos ao vermos tudo errado, não mexe nele. O mundo que vemos nem é.

Riva

412. Maravilhas da mãe terra.



Compare isso que ambientalistas chamam de maravilhas da mãe terra com o resto do universo. Assim também os vermes nos nossos intestinos se maravilham com o ambiente em que vivem.

Riva


Obs: E quem for em busca das possíveis maravilhas universais, correrá eternamente como o cão atrás do próprio rabo, pois estará indo atrás do que sua própria mente faz. A verdadeira maravilha é o ser, do qual todos os universos possíveis e imagináveis jamais serão mais que uma paupérrima e carcomida cópia feita pela mente.

411. Felicidade.



O homem só é infeliz quando pensa que a felicidade existe.
Mas ela não existe.
É seu o próprio ser.
O que o faz infeliz é a busca da felicidade fora de si mesmo.

Riva

410. Só 1 é a verdade.



Quando você acha que o problema é seu, ele é.
Quando você acha que o problema não é seu, ele não é.
Na verdade o problema não é, ele apenas passa a existir quando você o faz na sua mente e o projeta no seu universo. Seja ele qual for, o problema da valorização é só seu e de mais ninguém. Na verdade não é problema, é o mundo que você faz.
A verdade é uma só: que só a verdade - que não pode ser pensada, falada, escrita ou feita - é verdade, e que fora ela nada é verdade.
Nada no universo é verdade.
A questão é tão simples que faz a verdade parecer mentira e a mentira parecer verdade. E o fato de haver a inversão é justamente porque a mentira está no comando. E só a mentira gera dúvida por, em si mesma, já não ser o que parece.
A verdade é verdade e nela não há dúvida.
Se houver dúvida não é verdade, e se não fosse tão simples e óbvio não seria verdade.
Se há problema é mentira.
Na verdade só há dissolução de toda dúvida, toda iquietação, toda incerteza, todo problema.
Se você achar que qualquer problema é seu, você é apenas um mentiroso inventando situações para contemplar seu ego com o mérito da falsa solução que você fizer. E por isso há tantos (aparentes) problemas, porque o ego é viciado em auto-contemplação.
Se você puder começar a ver que os problemas não são seus, você está simplesmente começando a encontrar a verdade de que só você, em Si Mesmo é verdade, e o resto é mentira. Mentira que você pode fazer e valorizar, mas ela jamais se tornará verdade só porque você acredita nela, apenas fará de você um mentiroso.
A verdade é uma só, não há outro, só o Eu.
Não há 2, só 1.
Por isso você pode viver em paz, do jeito que estiver vivendo, e deixar o mundo - com tudo que parece coisa e gente nele - ser do jeito que parece, sem precisar se sentir na obrigação de interferir.
O mundo não é.
Para a mentira não há correção, apenas troca de uma por outra.

Riva

409. Muita coisa.



Podemos ter muita coisa na cabeça, mas no eu intrínseco, no coração do eu, só há paz.
Abra-se para Si Mesmo.
Permita-se ser simplesmente.




408. Cárcere.



O pior cárcere é a emoção, nela não enxergamos mais nada.

Riva

407. A viagem.



As pessoas vivem como se viajassem num trem em pé com a mala na cabeça em vez de irem sentadas com a bagagem no bagageiro. O trem já tem seu itinerário.

Ramana Maharishi

406. Aprendizado.



Os sonhos de aprendizado são como o horizonte.
Estão sempre distantes e nunca chegam.
Vá devagar com eles.

Riva

405. Inveja.



Todos têm inveja.
E daí?
E ninguém se atreva a dizer que não tem porque senão será duas coisas: invejoso mentiroso.

Riva

404. Plim, plim.



Falamos da Globo, mas o mundo sempre foi um mundo de consumo dos explorados pelos exploradores. Desde que o mundo é mundo foi assim, e agora não seria diferente.
Na verdade a Globo é uma pálida fotocópia das grandes redes de TV americanas, cujo grupo único dominante também domina a Globo e outras grandes redes em todo o mundo "civilizado".
Nenhum grupo de mídia é são, não só a TV.
Todos são servos e têm que se ajoelhar os pés dos barões do dinheiro. O sistema americano é muito pior que o brasileiro, que é totalmente controlado pelos barões do consumo americano, os chamados barões de Wall Street.
E uma vez que, história traz história, o mundo sempre foi dominado por um grupo de poder terreno maior, não há motivo para nos preocuparmos logo agora.
O mundo é assim. Caso contrário o mais famoso mestre espiritual do mundo civilizado teria dito que seu reino era deste mundo, mas, na Bíblia ele disse ocontrário, disse que seu reino não era deste mundo. E aconselhava todos a não ajuntarem tesouros na terra, justamente por sempre ter sabido disso que está sendo exposto aqui.

Procurar enxergar a insanidade do sistema e seu abuso é para nos safarmos dele da melhor forma que pudermos. Com o máximo de tranquilidade.
Quanto mais nos dispomos a enxergar, mais fácil fica nos desvencilharmos da malha hipnotizante, porque achar que é uma conspiração mundial e lutar contra o rolo compressor em meio a uma multidão de ingênuos com cartazes na mão, é pura imbecilidade.
Ninguém vai mudar isso e quem porventura mudar irá mudar do jeito anterior para seu próprio jeito, apenas mudando a cúpula de exploradores.

A vida tem seus próprios mecanismos, que estão além do medíocre campo humano de visão e, por si mesma, já muda sincronizadamente.
Nada é por acaso.

Quantas civilizações se passaram e não viraram nada? Só faltava agora acharmos que essa é a civlização absoluta e que vai resistir à queda.
De absoluto o mundo só tem sua irrealidade e quem pode vislumbrá-la faz o que tem para fazer, em paz e sem pretensões.
A multidão de cegos que não querem enxergar sempre foi engolida e continuará sendo, enquanto o mundo for mundo. A diferença está na visão, não na mudança do mundo, que na verdade nem existe absolutamente, mas é um sonho, uma auto-hipnose em rede onde todos são condicionados a acreditarem juntos no que o controle explorador mostra como verdade, e todo mundo - em união (risos) - faz a mentira parecer uma verdade absoluta. Como a própria ciência diz: "O mundo é uma ilusão de ótica".
Todos pensam que pensam por si mesmos e não vêm que são remotamente controlados a pensarem como o sistema quer que pensem.
É simples enxergar a ilusão que é o mundo. Basta se comparar o tamanho físico da terra com o tamanho físico do universo até agora descoberto e veremos se isso aqui tem possibilidade de existir “realmente”. E os astrônomos ainda afirmam que, do universo até agora descoberto, conhecem um copo dágua no oceano. E tudo fica ridículo!

Mas, na verdade não há problema algum.
O problema só existe na cabeça de quem teima em não querer enxergar o óbvio e acha que não tem tempo a perder com "idéias loucas" - como as expostas aqui - e que está muito ocupado em cuidar de sua vida. Uma forma de vida, na verdade, absolutamente mesquinha, medíocre e sem nenhum sentido real, carregando o sistema nas costas a pretexto "forçado" de estar cuidando de sua familia e cumprindo seu papel na sociedade. E o ridículo se apresenta ainda maior.

Só quem não quer não enxerga.

E tem uma coisa que ninguém sabe; para onde estão indo?
Aparecem inúmeras justificativas para continuar seguindo, tipo sonhos, esperanças, conquistas, recomeços. Aparecem respostas científicas, filosóficas, religiosas, místicas, cósmicas, mas - como o cão correndo atrás do próprio rabo - sempre continuarão e jamais chegarão, porque estão indo para lugar nenhum, sempre e invariavelmente.
E se de fato estivessem indo para algum lugar, porque então, ao achar que chegam, não param? Porque ao chegarem vêm um vazio desolador que não alimenta seus egos viciados aos sonhos e esperanças injetados pelo sistema em suas mentes. Porque vêm que nunca houve nada a ver. E então, eternamente entorpecidos, iniciam nova ilusão, novo empreeendimento, nova caminhada, sempre em destino a nenhum lugar real.

Mas, e o vazio?
O vazio é vazio como se pensa?
Se o vazio fosse vazio, não existiria nem poderia ser cogitado.
E porque esse onipenetrante vazio que permeia tudo que existe?
O que seria isso?
O que sou eu?
Esta é a única investigação a ser feita seriamente, em si mesmo, no coração do proprio eu.
"O reino dos Céus está dentro de vós".
Os maiores conquistadores, empreeendedores e homens de sucesso da história apodreceram em suas luxuosas camas, entre finos lençóis, não querendo morrer - alguns filosofando sobre a morte – mas, inutilmente querendo ainda continuar nesta ilusão por morrerem de medo do vazio.
Quem acredita que nasceu pra tatú deve morrer cavoucando!

Riva


403. Susto.



Sustos fazem parte, mas são só sustos.
O mundo já muda por si, naturalmente. Nós não temos que mudar, mas, enxergar a irrealidade de tudo.
Basta nos abrirmos ao simples ser, e a Luz cuida de tudo!
Jesus tinha uma única regra: Aquietai-vos!.
Basta isso.
De gente sabida, exibindo-se, inventando moda atrás de novas consciências, sonhando com conquistas e com o futuro, o mundo está lotado. Como se a consciência não fosse uma só e plena, no coração do próprio eu, mas um produto trazido por autoridades espirituais luminosas de alguma Lojas Americanas de outras esferas.
Nem de aprender precisamos.
A sabedoria é o eu.
É o silêncio que ensina e nos desperta desse sonho.

Riva

402. Corpo são.



O corpo são é uma doença. – Ramana Maharishi
*
Se você vê o corpo, se você o sente, então você não é ele. Assim como se você vê seu pensamento, você não é ele. Você é o que vê e não a coisa vista. Você é o super-senso, a consciência. Você é o ser, sem o quê nada pode existir. Primeiro você tem que simplesmente ser, para depois passar a ser alguma coisa e a coisa, seja ela o que for, sempre passa. O ser é infinito, o corpo é uma limitação da consciência a um pedaço organizado de carne e ossos. Isso só pode ser doença, por isso gera outras, se degenera e apodrece transformando-se em outros tipos de doenças/mortes.
A vida é o que dá vida, não o que existe com vida. O que existe com vida em si é morto.

Riva

401. Perdas.



Tem tristeza que só nos engrandece.
E como é bom!
Infeliz de quem não sabe sentir a plenitude se fazendo por trás das perdas do ego.
Cada perda é um buraco na crosta de chumbo da importância pessoal por onde a luz começa a voltar.
A perda se torna um peso a menos na carga da arrogância que achamos que temos que levar para exibir aos outros nossa falsa felicidade.
E como liberta!

Riva

400. Emoções.



Riva: O pior cárcere é a emoção. Nela não enxergamos mais nada.

Amigo: Tente viver sem emoção e me diga de que vale viver.

Riva: Repito isso constantemente aqui, amigo; cada um no que prefere. O urubu adora a carniça, para ele o néctar, que o beija-flor tanto aprecia, não tem a menor graça. Quanto mais denso o ego, de mais emoção ele tem necessidade.

399. Amor aos animais.



Se você não pode ver o seu próprio sofrimento e o quanto te faz sofrer a busca pela felicidade.
Se não vê o martírio eterno que te causa o cultivo dessa idéia de si mesmo - desde que passou a deixar-se meramente existir como uma pessoa educada pela sociedade e só para ela - como um corpo, como pensamentos desconexos inutilmente justificados.
Então você nunca terá lugar no Céu e continuará eternamente por aqui.
Não importa de quê ou de quantos animais você tenha pena.
O lugar do cego é no fosso, com piedade de si e do resto do louco mundo que faz e mantem com seus valores insanos.
Não importa quantas vezes seja tirado de lá, tantas vezes cairá novamente, de cara, no fundo.
E lá continuará, mendigando piedade e misericórdia a Deus, que não tem nada a ver com a louca teimosia de quem nega-se a enxergar o óbvio.

Riva