Não há gota, só oceano.
O erro foi a gota "se achar".
Somos gotas.


Agradeço a quem eu sou simplesmente, por jamais ter me rendido totalmente
a quem eu pudesse pensar que fosse.

Quem não fala em proveito próprio não tem medo de desagradar.
Mostrar, com simplicidade e clareza, é apenas mostrar e é preciso.
Quem não quer ver se incomoda, quem quer ver reconhece.

A LUZ CUIDA DE TUDO!




623. Porque mente?



Riva, por que a mente, mente?

Porque a paz é pacífica? Porque o silêncio é silencioso? Porque o vazio é vazio? A paz é sempre paz, em si mesma nunca muda. O silêncio é sempre silêncio. O vazio é sempre vazio. A mente mente porque tudo que ela faz, a começar por nós mesmos, não é, só fica um pouco e logo muda, nunca é.
A paz, o silêncio, o vazio nos aliviam e a mente nos sobrecarrega, sempre.
Um jato da Luz no seu coração!!!!




622. Em que?


A questão não pode ser meramente sobre o universo, mas, sobre onde, em que ele está.



621. Lição.



A vida é um eterno tornar-se o que sempre foi; nada. E menosprezamos os animais por apenas viverem e nada mais.



620.



Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, e não estou certo quanto à primeira. 



619. O ouro.



O ouro não é uma jóia, mas as jóias são nada mais que ouro. Qualquer forma que possa ter a jóia e quão variadas elas sejam, no caso, existe apenas uma realidade; o ouro. Assim também ocorre com os corpos e o eu. Identificar o eu com o corpo e ainda por cima buscar a felicidade é como tentar cruzar um rio nas costas de um crocodilo. A identificação com o corpo é devida à extroversão e ao vaguear da mente. Deixar-se nesse estado apenas o manterá em um emaranhado sem fim onde nunca haverá paz.
Busque sua fonte, dilua-se no Eu e permaneça completamente só.


Ramana Maharishi


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618. Ninguém tem nada com isso.



Uma vez sonhei que vinha andando por um campo bonito junto com um grupo de pessoas, mas aquilo não me interessava. Me separei deles e enveredei por uma trilha sozinho, quando vi que estava à beira de um precipício que não tinha volta. Olhei aquilo meio assustado, preso ali naquela encosta e, de repente, me lembrei: era um sonho, eu estava apenas sonhando. Acordei aliviado e tudo virou nada. Como sempre diz minha querida Sheila Hecht: "simples assim".
Nunca houve nada mais que liberdade plena, sem limites. Nossos corpos, nossos conceitos, nossos valores, as pessoas que nos cercam, não representam nada. 

Se as pessoas não conseguem ser diferentes do que são, nós - essa configuração psicossomática - também não consegue. 
E daí? 
Ninguém tem nada com isso.
Um jato da Luz em cada coração!!!!








617.


616. Silenciar o ego.


Não adianta silenciar o ego apenas. Muitas vezes forçar o silêncio é forçar a barra. O silêncio não é para beneficiar o ego com poderes e modificações na vida. O que causa desejo de poder e de mudança é apego, perturbação. A pessoa quer mudar de apego. 
O silêncio jamais deixa de ser no Coração do Eu. 
Fique como puder, mas ligado no silêncio do Eu. Não existe um jeito perfeito de ser, não existe um modo ideal de fazer as coisas, na natureza existem bichos incrivelmente esquisitos, vivendo da forma mais improvável, e sobrevivem. Como a própria palavra diz, ideal é uma idéia, é pensamento, é mente, é modalidade de fantasia.
Só lá, no Eu, há silêncio, só Aquilo é silêncio.
Fique como puder, mas aberto Àquilo.
Paquere a paz original do Coração do Eu o tempo todo, fazendo o que tiver para fazer em paz e sem pretensão, na medida do possível.
A Luz já cuidou de tudo!
Um jato da Luz no seu coração!!!!



615. Experiência.

















Não existe experiência, não existe realização, existe mente. Sem a fabricante de mentiras essas doces alucinações auto-hipnóticas não se dariam. O que é já é, e sempre foi, antes da mente começar a montar seus circos.





614. Fantasias mentais.



A mente conturbada não tem sossego, arruma qualquer justificativa para perturbar o silêncio, pois esse é um verdadeiro tormento para ela. Veste a verdade pura com imagens espetaculares corrompendo-a com fantasias mentais.
Mas a verdade não tem nada a ver com nada, nem com céu nenhum além do "eu puro e simples", que não é a gente sendo, é apenas o que é. 
Não tem nada a ver!



613. Feliz.



Riva, você é feliz?

A felicidade é algo ridículo diante da grandeza infinita do ser. Só pobres buscam esse sentimento limitado, patético, por desconhecerem a riqueza da totalidade do que é. Veja que eles falam bonitinho mas te deixam sempre com uma culpa e uma obrigação nas costas. Você tem que sorrir e ser feliz, o medo crônico do ego causa essa culpa. O astuto sentimento de importância pessoal não dá a menor trégua em tudo que faz, jamais. Nunca tem paz e vive cutucando os outros com cobrança de ter que ser feliz, esbanjar felicidade assim ou assado. Você não é nada disso e não precisa de nada. Da simplicidade da sua realidade infinita emana tudo que é o mais certo, para o que for. Podemos ficar em paz, sempre, de qualquer jeito. A vida não espera nada de ninguém porque já se deu a Si Mesma de forma plena e infinta, do mesmo modo, para todas a espécies, de plantas a vermes e a humanos.
Um jato da Luz no seu coração!!!!




612. Tire a cabeça do caminho.


Fique tranquilo, a Luz cuida de tudo!
Ninguém "tem que" nada, a vida arrasta a todos do mesmo modo e só para o que ela quer. Podemos ficar em paz do jeito que estivermos pois é assim mesmo, do jeito que está, que está certo. Basta tirar a cabeça do caminho para podermos enxergá-lo livre e aberto a todos, cada um no plano divino de sua existência, de acordo com seu desenvolvimento mental. 
Um jato da Luz no seu coração!!!!




611. O que é o mundo?




O mundo é você. 
A realidade dele depende unicamente 
do seu grau de consciência de 
si mesmo.



610. Não existe realização.



O nada a ver impera. 
As pessoas não percebem, a mente. Não têm a mínima noção do quanto vivem envolvidas pelos joguinhos sutis do mental. E sem sacar a mente você não faz nada de verdade, só de mentira. Pensa que faz muito, mas faz sempre nada. E não se livra da mente estando perdido em seus joguinhos sutis. 
Não existe realização, existe mente. 




609. Ego criativo.




É triste ter EGO criativo (risos), mas, já que é pra se sentir útil, deixa ele criar. Só basta reconhecer a(s) criação(ões).


Não. Não deixe não. Veja os pensamentos surgindo na mente e descarte de primeira. 
NADA A VER! 
Essa é a formula mágica: não há nada a ver!
Fique em paz e veja o resultado. Vá cuidando da vida, fazendo o que tem para fazer e mais nada. Reduza as atividades ao mínimo necessário porque é querendo sentir-se útil, cumprindo com obrigações, que se amarra cada vez mais à auto-hipnose. Nessas condições o escravo se configura como um servo cumpridor, um burro de carga necessário à manutenção da relativa ordem da loucura. Faz tudo pelo sistema, que o mantém eternamente como escravo, e nada para libertar-se do que pensa que tem que ser. As obrigações são todas mentira, não importa sua ordem.
A única obrigação é ter o coração em paz.
Fique no Coração.




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608. Auto-realização.


Como alguém pode dizer para outro o que é auto-realização? 
Realize-se; e verá. 
Você vem de si.
Está mais que claro que a força que faz cada um existir vem dele mesmo, do mais íntimo do seu próprio ser.
Vá lá, em silêncio, como puder.
Tudo que você vê, palavras que você ouve, livros que você lê, não vêm do seu ser, apenas puderam ser vistos depois de você surgir de seu ser mais íntimo.
Vá lá, em paz, sem precisar pretender nada, pois, de um modo ou outro, você já é isso, você surgiu disso que no íntimo você se refere como "eu-eu mesmo".

Só o simples ser é legítimo.


607. Maravilhas.


Um inseto maravilhoso! 
Reis da humanidade inteira tentaram se vestir como ele, que simplesmente nasceu assim. 
Mas, mesmo com toda sua maravilha natural, pode vir um sapo e engoli-lo em um segundo. 
Assim são todas as maravilhas da vida. 
E a mente humana ainda teima em achar e "se achar".

606. Problemas íntimos.



O interior é um só e o mais simples. 
A complexidade está na mente.
É tudo mentira. 
Complicação a troco de mera complicação. 
O ego acha chique complicar.




605. Fusão.



O que se chama de "fusão na Luz" acaba com quem se fundiu. Só fica a Luz. Não fica surpresa nenhuma, tudo é natural, é só que é. Se você pinga uma gota dágua num rio você a acha depois? Isso é fusão. Não há realizados no real, só nas fantasias das mentes. Verdade é o real, realizados são mentiras. 



604. Se nem é.



- A religião e o espiritualismo põem todo mundo de joelhos, pra sofrer, ter medo de errar, ter obrigação de ser certo e justo. Esse mundo nem é. O que adianta acertar aqui?

- Quem sabe, na próxima encarnação você pode ter "evoluído" um pouquinho.

- Se nem é, vai ser?




603. A simplicidade da realização.



- E a realização do Ser é tão simples...

- Simples demais pra mentes totalmente condicionadas a complexidades, complicações, necessitadas de um monte de coisas pra tudo. O problema é justamente a simplicidade, o despojamento.




602. O ajuste.



Espiritualistas e religiosos não vêm que quem se ajusta a um sistema evolutivo, ultra-dimensional, ou que os levará ao que eles entendem por céu, se ajusta ao sistema que promete e não ao céu em si. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. A diferença é tão sutil, quanto eternamente enganadora. Não há nada a ver!
O céu é o eu puro e simples, basta você simplesmente ser. 

"Se achar" alguém em algum processo evolutivo, purificador ou de reforma íntima é dissimulação de desajuste mental. Você já é e não precisa de nada, além de parar de achar que não é e precisa ser.
Você não é aí, agora?




601. Somos meditação.




Fique na paz que puder, como puder, e quando der vontade de meditar, medite. Não se esqueça que a gente não medita, é a meditação que envolve a gente. E ela envolve a todos sem diferença, uma vez que somos meditação. Mas o desconhecimento do processo do pensar, o desconhecimento do quanto nos deixamos envolver pelo ilusionismo da hipnose em rede, não nos deixa perceber o que realmente somos.



251. Mudar de vida.



Não é necessário mudar de vida, mas sim, despir-se. Deixar cair o véu da importância pessoal, dos valores, dos apegos e dos significados que damos às coisas. Nós fazemos tudo isso, esquecidos de quem as faz... nós mesmos.
As mudanças efetivas só acontecem por si mesmas. Não mudamos nossos destinos. Nossa vida é perfeita, por mais imperfeita que a achemos. A maravilha da vida de Deus pulsa no fundamento do nosso eu agora, empanada pelos nossos medos e pelas culpas que achamos que temos e não temos. Não somos nós, individualmente, que fazemos nada, a existência é um sincronismo inalterável de causa e efeito e de ação e reação.
A visão é que deve se abrir.
Primeiro devemos enxergar o medo como medo, a ilusão como ilusão, a crença como mera crença e não como uma verdade absoluta e irrevogável, sem pretender nada mais que um simples alívio. Esse simples alívio já é tudo. Que vida se leva sem paz? O resto vem por acréscimo.
Via de regra, as mudanças que são feitas apenas trocam uma ilusão por outra. Sem conhecermos a verdade do nosso ser intrínseco, que mudança real podemos fazer?
O que somos não nasceu. Não se deve confundir o processo existencial da natureza com a vida.

A vida é o que dá vida e não o que recebe vida.

O que recebe vida em si já é morto, caso contrário não precisaria receber o que não tem. Você é a vida e não o que está existindo com vida nesse momento. O ego alimenta-se do cultivo de lembranças, de crenças e das fantasias mais absurdas tidas como normais. E, se observamos bem, enxergamos que isso só serve para manter a angústia e a eterna esperança de um alívio, que achamos que tem que vir de algum ser ou de alguma situação fora de nós, que tem que ser provocado por nós, mas que nunca chega efetivamente, de verdade. E este alívio verdadeiro existe, em cada um, senão não o buscaríamos. De onde iríamos tirar essa idéia? Infelizmente deixamos o ego comandar a busca em seu mundinho mental restrito, limitado e temeroso.
Veja que o nome de Deus na bíblia é Eu Sou. Não é Eu Fui ou Eu Serei.
Deus não é Ele, é Eu. Não é um outro ser. É realização do Ser, do Eu na consciência, agora, e não a promessa de um reino dos céus ou de uma felicidade que ainda terá que vir. Isso é uma loucura da importância pessoal para continuar existindo como uma entidade separada das outras, é a paranóia da normalidade.
Devemos investigar o ser. Inverter a busca abrindo-nos mais ao silêncio interno, à paz original do eu intrínseco e menos à busca de conhecimentos, que são meros adornos da presunçosa e arrogante mente pessoal, o ego.
Devemos dar mais valor à luz interior.