Nunca diga nada de sua vida a ninguém. Isto, não para guardar segredo sobre seus problemas ou porque ninguém tem condição de avaliar sua situação e ajudá-lo efetivamente, mas, simplesmente, porque o mundo e a sua própria pessoa, como você os vê, não são reais. Toda visão individual, pessoal, é mera projeção de culpas que o ego faz sobre o mundo para validar sua existência separada como um ser diferente dos outros. A maioria dos pensamentos, da mesma forma, acabam sendo meras projeções destas culpas fictícias para nos manter reféns do medo, que aniquila as forças para reagirmos e nos abrirmos à visão real do espírito santo, o eu puro e simples, destruindo assim nossa crença absoluta no mundo da ilusão. Por isso a divindade hindu Shiva, que corresponde ao espírito santo na trindade cristã, é chamada de destruidora; por aniquilar a existência da entidade pessoal, denominada ego pela psicologia.
As outras pessoas também, presas à auto-hipnose pessoal em rede, vêm e avaliam o mundo e a si próprias desta mesma maneira insana. Portanto, quanto mais silêncio e perdão aplicarmos, acima de tudo a nós mesmos, por praticarmos esta visão perniciosa, maior possibilidade estaremos nos dando à visão do espírito santo neste mundo ilusório em que acreditamos que existimos absolutamente.
Perdoe tudo que você assiste no mundo e em seus próprios pensamentos, não por querer ser bonzinho, mas para enxergar a insanidade e a ilusão de tudo que parece existir à nossa frente. O louco vai para o hospício por acreditar nas ilusões do seu mundo mental e nós pensamos que estamos neste mudo chamado planeta terra por darmos valor unicamente na existência do corpo pessoal aniquilando a consciência única.
É assim que caímos do paraíso, do reino dos céus, que é nossa vida interior, o simples ser, o eu intrínseco. Estamos caindo agora mesmo, quando valorizamos o ego, e podemos voltar agora perdoando-nos pelas culpas que colocamos nos outros por não querermos vê-elas em nós.
Não há culpa. Você não é culpado. O outro não é culpado. Apenas trata-se de um jogo pérfido da entidade pessoal - na qual alienadamente nos deixamos constituir - para continuar existindo como separada dos outros, insuflando-nos ações sempre baseadas em avaliações de fatos passados, cegas à visão clara e simples da situação em que nos encontramos.
Lembre-se, Deus é onipresente e não onipassado.
Em perfeita paz e lucidez a única coisa que temos para projetar é luz. Somos luz, tudo é luz. Nessa situação age o eu real em lugar do ego.
Dê valor à sua luz interior projetando-a sobre o outro fazendo-o sentir-se também luz projetando também a sua. Perdoe-o, ame-o, seja quem for. Nenhum ego sabe o que faz. É um robô, uma entidade remotamente controlada pelas insanas forças maiores que mantêm a ilusão.
Salvamos o mundo salvando-nos da ilusão da culpa projetada para a projeção natural da verdade da luz que somos, sem intenção. E que “seja feita a vontade do pai”.
Isso não é um trabalho tão fácil de se empreender de começo, por causa dos condicionamentos da mente – condicionamentos não são nada mais que nossa crença e nosso apego ao que pensamos que sabemos - mas é perfeitamente exeqüível. Mas é o único trabalho que nos libertará da eterna necessidade insaciável de ser feliz, revelando-nos que estamos dentro na própria fonte da felicidade: o eu real, sou seja, o eu puro e simples.
Tudo pode começar com o perdão e o simples pedido, ao espírito santo, diante de qualquer situação de dificuldade: DECIDE POR MIM.
Riva
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Linda mensagem!!!
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