465. O eu é a paz.
O eu é a paz, que não é a gente em paz. A paz é um lugar infinito, sem limites e, por isso, inexistente. A paz (o eu) é permanente, por isso não pode existir, pois tudo que vem à existência, antes não era. E vai passar a não ser.
Na paz não há uma entidade pessoal, é a unidade.
Não existe uma pessoa em paz, existe uma pessoa passando por um breve momento de paz, que será logo sucedido por infindáveis momentos se angústia e perturbação de todo tipo. A pessoa é o problema, não existe pessoa sem problema. Para que não haja problemas é preciso eliminar a pessoa, ou, pelo menos, a importância pessoal. Os iogues meditam para eliminar a importância pessoal, não para descobrir outros níveis de consciência, outros mundos. Isso é enriquecer a pessoa (os problemas) com conhecimento, é enfeitar a máscara.
A pessoa não tem importância, ela se atribui isso, e com isso faz problema, porque a importância não é dela, foi dada, é de mentira. E isso gera incerteza e, consequentemente, angústia e sofrimento.
A palavra pessoa vem do grego "persona", que quer dizer máscara. Acreditar nisso só pode dar problema.
Riva
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