Não há gota, só oceano.
O erro foi a gota "se achar".
Somos gotas.


Agradeço a quem eu sou simplesmente, por jamais ter me rendido totalmente
a quem eu pudesse pensar que fosse.

Quem não fala em proveito próprio não tem medo de desagradar.
Mostrar, com simplicidade e clareza, é apenas mostrar e é preciso.
Quem não quer ver se incomoda, quem quer ver reconhece.

A LUZ CUIDA DE TUDO!




251. Mudar de vida.



Não é necessário mudar de vida, mas sim, despir-se. Deixar cair o véu da importância pessoal, dos valores, dos apegos e dos significados que damos às coisas. Nós fazemos tudo isso, esquecidos de quem as faz... nós mesmos.
As mudanças efetivas só acontecem por si mesmas. Não mudamos nossos destinos. Nossa vida é perfeita, por mais imperfeita que a achemos. A maravilha da vida de Deus pulsa no fundamento do nosso eu agora, empanada pelos nossos medos e pelas culpas que achamos que temos e não temos. Não somos nós, individualmente, que fazemos nada, a existência é um sincronismo inalterável de causa e efeito e de ação e reação.
A visão é que deve se abrir.
Primeiro devemos enxergar o medo como medo, a ilusão como ilusão, a crença como mera crença e não como uma verdade absoluta e irrevogável, sem pretender nada mais que um simples alívio. Esse simples alívio já é tudo. Que vida se leva sem paz? O resto vem por acréscimo.
Via de regra, as mudanças que são feitas apenas trocam uma ilusão por outra. Sem conhecermos a verdade do nosso ser intrínseco, que mudança real podemos fazer?
O que somos não nasceu. Não se deve confundir o processo existencial da natureza com a vida.

A vida é o que dá vida e não o que recebe vida.

O que recebe vida em si já é morto, caso contrário não precisaria receber o que não tem. Você é a vida e não o que está existindo com vida nesse momento. O ego alimenta-se do cultivo de lembranças, de crenças e das fantasias mais absurdas tidas como normais. E, se observamos bem, enxergamos que isso só serve para manter a angústia e a eterna esperança de um alívio, que achamos que tem que vir de algum ser ou de alguma situação fora de nós, que tem que ser provocado por nós, mas que nunca chega efetivamente, de verdade. E este alívio verdadeiro existe, em cada um, senão não o buscaríamos. De onde iríamos tirar essa idéia? Infelizmente deixamos o ego comandar a busca em seu mundinho mental restrito, limitado e temeroso.
Veja que o nome de Deus na bíblia é Eu Sou. Não é Eu Fui ou Eu Serei.
Deus não é Ele, é Eu. Não é um outro ser. É realização do Ser, do Eu na consciência, agora, e não a promessa de um reino dos céus ou de uma felicidade que ainda terá que vir. Isso é uma loucura da importância pessoal para continuar existindo como uma entidade separada das outras, é a paranóia da normalidade.
Devemos investigar o ser. Inverter a busca abrindo-nos mais ao silêncio interno, à paz original do eu intrínseco e menos à busca de conhecimentos, que são meros adornos da presunçosa e arrogante mente pessoal, o ego.
Devemos dar mais valor à luz interior.




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