98. O mal do outro.

Colocamos o mal no outro, mas tanto nosso bem quanto o mal do outro estão na nossa mente.
É justamente o que te coloca em cima, que te coloca embaixo.
É justamente o que te faz melhor, que te faz pior.
É justamente o que te coloca na frente, que te coloca atrás.
É justamente o que te faz superior, que te faz inferior.
É justamente a virtude, que te torna um pecador.
É justamente a tua fé que te isola de Deus.
Sendo Deus o eu, a verdadeira realidade do ser além de toda a criação, a única verdade existente, sem relação com nada mais que possa existir, não pode estar destacado em algum lugar ou condição. O que é tudo em tudo não pode estar em algum lugar sem deixar de ser o que apenas é.
O eu só é, jamais passa a ser ou deixa de ser. E é impossível de ser alcançado, posto que não está lá. Já é o que você é antes de você se achar alguém. E por isso há dor, mágoa, ânsia, sofrimento, medo, culpa e necessidade de defesa. O que se constituiu indevidamente, por si mesmo se fez indevido. E o que é indevido não deve permanecer, por mais que se queira perpetuar sua ilusão.
O que está no espaço ou no tempo não é o que é, mas o que foi feito, uma fantasia de uma mente perdida de si mesma.
O eu é Deus, é a mente una sem divisão e, portanto, sem diferença. Não é melhor nem pior, não está em cima nem embaixo.
Como pode ser melhor ou pior o que tudo é?
Só o ser limitado, auto-isolado da verdade pode ter condição.
O que você pensa que te salva é o que te põe perdido na ilusão de uma vida salva separada de outra vida perdida.
Tudo que aparece é ilusão, um efeito da mente na luz sem limites, começo ou fim do eu.
O que verdadeiramente te salva, te salva de pensar e te faz desaparecido em sua glória.
Um jato da Luz no seu coração para abundante paz e boa fortuna, sempre!!!!

Riva