455. Sem analisar.

Felicidade é sentar num canto qualquer, a qualquer hora do dia, sem ter na cabeça nenhuma análise de nada e nenhuma conlcusão sobre coisa alguma.
Felicidade é poder viver sem analisar as coisas, o mundo, a vida e nós mesmos.

Riva

454. Análises.

Não adianta a pessoa ter fé, rezar, fazer caridade, achar que ama o próximo, se vive a com a cabeça cheia de análises, pensando no caso de tudo que vê. Todos nós temos esse defeito assassino das coisas como simplesmente são. É da cultura, é o comportamento mental que nos foi passado como padrão pela família, pela religião, pela escola, enfim, pelo sistema como um todo.
O demônio também só quer o bem. E o que faz dele o diabo é confiar mais no que ele "pensa que pensa", no que ele "pensa que sabe", nas análises que faz do que "pensa que ve", do que numa mente vazia e limpa de análises e conclusões sobre tudo. Essa é a auto-expulsão do Paraíso que o homem mantém constantemente, com sua mente louca, isolando-se do que "ele puramente é" no que ele pensa que é.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

453. A boa causa.

A causa maior é a luz interior - a paz original do eu - descoberta em nós. Não adianta achar que estamos salvando o mundo se ainda não conseguimos salvar nem a nós mesmos do que pensamos que somos.

Riva

452. Valorização do sentir.

Uma coisa é o que sentimos e outra, muito diferente, é a valorização do que sentimos. Aí reside toda a loucura, porque as pessoas entram de cabeça na valorização e inevitavelmente se perdem em dramas, cuja função principal é adornar a mentira de si mesmo.

Riva

451. A obra.

A obra do sábio é o silêncio, mesmo falando ele o suscita.

Riva

450. Todo valor é passageiro.

Tudo que se tem é passageiro e fadado a perda.
Só o que é você não passa.
Fora o que é você, tudo que você possa ter ou chegar a ser, passará e dará em nada, deixando-o eternamente na roda desse vir-a-ser que nunca sacia efetivamente e não tem fim.
Toda valorização é inútil, é jogo do ego para continuar na mentira de si mesmo que ele, inutilmente, tenta fazer virar eterna.
Mas, só faz eterna a mentira.
O que é você não chega a ser, já é.
Você não precisa de nada.
Um jato da Luz no seu coração!!!!

Riva

449. Vazio pleno.

Só um coração vazio pode ser pleno. O vazio infinito sustenta os astros do universo inteiro.

Riva

448. E se não houvesse imaginação?

Sem imaginação é o Céu, de onde caímos a cada segundo imaginando que estamos no mundo, imaginando o outro. A gente pode ver as coisas simplesmente, sem precisar imaginar ou, pelo menos, não imaginar tanto. Nossos limites são imaginações e Deus é Deus porque não imagina. No Céu não há imagem, porque imagem é feita de sombra e no Céu é só luz, pura imaculada e que jamais se apaga ou é estorvada ou interrompida. Por isso no Céu não há medo, não há nada escondido lá e nem nada por ser revelado, não há sombra.
Os passarinhos vivem assim, sem imaginar, não imaginam que não podem voar. O mestre nos aconselhou a imitá-los.

Riva

447. Perdas.

Lamenta a perda porque deu valor. Se não der valor a perda não fará falta, nem será perda. Nada tem valor em si. Você - só você e mais ningém - faz seu mundo.

Riva

446. O impossível.

O impossível pode ser possível com um simples pensamento, basta um simples querer sincero. Se ainda está impossível é porque ainda há alguma dúvida quanto à decisão.
Pare de pensar que pensa, veja como você se deixa envolver pelo que pensa que está pensando, e tudo ficará bem mais fácil.

Riva

445. A busca da felicidade.

Você não precisa de nada para ser feliz e, na verdade, não precisa nem de ser feliz. Tudo que você aceitar como capaz de fazê-lo feliz já te coloca no estado de infelicidade, com uma promessa que jamais será cumprida efetivamente por quem ou pelo quê você acha que seja capaz de fazer isso.
A busca da felicidade é a busca do horizonte, que te clareará sempre de longe mas você nunca o alcançará. Disso vivem todos os gurus e instrutores espirituais, religiosos, acadêmicos, sociais e assim eles fizeram, fazem e farão seus meios de vida. Desde que o mundo é mundo é assim e assim será, enquanto, para você, existir um mundo que você acredite ser absolutamente real em qualquer plano físico, mental, espiritual, energético, cósmico, etc., que seja.

Riva

444. A felicidade no amor.

Se você pensa que está feliz amando, procure enxergar o óbvio, enxergue a si mesmo. Não estamos vendo tudo. Isso que chamamos de felicidade é uma parcela infinitesimal da realidade do nosso ser intrínseco, limitada ao que pensamos que somos e projetada na imagem que fizemos do outro. O universo inteiro é uma parte infinitesimal do nosso ser único, intrínseco, que dirá os nossos corpos.

Riva


Obs: O que não condena o amor, é claro, mas é bom não dormir no galho porque o tombo é certo.

443. A luz interior.

A Luz não acende, é eterna e sem limites, por não ter tido começo. O ego acende em si uma luz (mental, artificial) para seu próprio desfrute interior, isso deve ser visto com clareza e sem medo. Assim como a luz que acendemos em casa tem prazo de validade, essa do ego também tem, enquanto houver desfrute pessoal de algo. O que veio deve findar. E, passando tudo, resta a verdade, o Ser e mais nada, sem sujeito, sem objeto.

Riva

442. Linha reta.

A realização é uma linha reta, sem curvas. Sua vida flui de você mesmo, diretamente, sem passar por nada nem ninguém. E, depois de você ser simplesmente, a importância pessoal (ego) entra, fazendo curvas, caminhos especiais, inventando atalhos e a coisa fica assim; um mundo de necessitados buscando orientação, em eterna troca de paliativos, sem nunca chegar a lugar algum efetivamente.

Riva

441. Divergências.

Cada indivíduo tem seu modo de pensar que pensa. Ninguém pensa por si, mas é condicionado a pensar por um ou outro sistema de pensamento. Pensar é morrer, para o espírito. Por isso morremos. O corpo morre porque ele é um pensamento, um conjunto de lembranças, valores, significados, importâncias, aos quais nos condicionamos. Graças a Deus o mundo nunca foi verdade, senão Ele já teria interferido. Se Ele não interfere é por dois motivos, ou Ele é impotente, ou o mundo não é verdade. E impotente Ele não é.

Riva

440. Relação.

Amigo: Riva, voce já escreveu algo sobre relacionamento?

Riva: Se a questão fundamental da vida fosse de relação nenhum grande sábio teria deixado o meio em que vivia para a solidão. O Ramana nem o Nisargadatta não teriam deixado suas casas, o Krishnamurti teria continuado como chefe da Ordem da Estrela na Sociedade Teosófica, o Tolle não precisaria ter saído da universidade, poderia ter continuado lá praticando a tolerância e a compreeensão. Intelectuais são mentalmente perturbados, eles precisam de compreensão. Isso não existe, é questão primária para psicólogos e religiosos fazerem seus meios de vida. Primeiro você se relaciona consigo. Se a pessoa não sabe nem quem é ela, vai saber quem é o outro? Que relação se faz sem conhecimento do que está por trás das mentiras de si mesmo que todos mantém? Que relação poderão ter sem nem saberem quem são eles mesmos?

439. Novas.

Amigo: O que contas de novo?

Riva: Tudo é sempre novo, nem precisa contar.

Amigo: É verdade. O amanhecer já é uma novidade, a cada dia.

Riva: O amanhecer foi de manhã... já era!

Amigo: Que espécie doida essa nossa de humanos, não é?

Riva: Sim, completamente... são os normais, que vivem com a cabeça lá atrás, ou lá adiante e nunca na hora, no que é.

438. Mundo espiritual.

Amigo: O corpo morre, mas o espirito não.

Riva: O Espirito nem nasce. O ego espiritual (corpo sutil) toma novo corpo, mas esse também tem que acordar de sua aparente condição de separação em existência sutil. O mundo espiritual também é mentira, um produto da mente, senão Deus interferiria nos ilusórios sofrimentos que nele parecem ocorrer - como é contado nos livros espíritas - e não interfere. E se Deus não interefere é porque o mundo espiritual também é fantasia de quem acredita nele. Veja bem, as fantasias existem, a mentira existe, mas não são reais. Tudo pode existir, mas, graças a Deus, tudo é mentira, só Deus (o Eu, o Ser, o Espírito) é a verdade.

437. Coisa de loucos.

Você só fica bem quando está em em paz, como si mesmo simplesmente, sem achar nada de si. Nada traz paz, a paz é sua condição original, intrínseca. É que vivemos na mente e pensamos que a paz tem que vir até nós por uma atitude pessoal nossa. Mas isso é mentira, o ego é mentira, e a mentira jamais poderá trazer a verdade. As pessoas acham (o ego acha) que podem achar fora de si o que já são em verdade, intimamente. Isso é coisa de loucos. Isso é coisa de gente normal.

Riva